Coordenadoria de Saúde apresenta plano de contingência ao coronavírus

Evento reuniu autoridades médicas e sanitárias na manhã de quinta-feira (13)

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O plano foi apresentado pela enfermeira Daiane Corso e deve ser operacionalizado em 62 municípios da Macrorregião NorteO plano foi apresentado pela enfermeira Daiane Corso e deve ser operacionalizado em 62 municípios da Macrorregião Norte
O plano foi apresentado pela enfermeira Daiane Corso e deve ser operacionalizado em 62 municípios da Macrorregião Norte
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A 6ª Coordenadoria Regional de Saúde (6ªCRS) apresentou, na manhã de quinta-feira (13), para autoridades médicas e sanitárias um plano de contingência a ser operacionalizado em 62 municípios caso haja a confirmação de casos associados ao coronavírus na região.
O documento detalha o fluxo de trabalho a ser desempenhado nos centros de saúde da Macrorregião Norte e descreve o comportamento dessa tipificação viral com epicentro na cidade de Wuhan, na China. “Como o coronavírus é um vírus RNA, é passível de mutações”, explicou a enfermeira Daiane Corso. Desde o dia 3 de fevereiro, um centro de operações especiais, composto por 24 profissionais, foi ativado junto à Coordenadoria Regional para monitorar e orientar os agentes de saúde no diagnóstico ao coronavírus, responsável por mais de mil mortes desde a identificação, em dezembro do ano passado, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Com uma letalidade considerada baixa, estimada em 2,4%, o pico de suspeitas de coronavírus, no país, se deu no dia 5 de fevereiro, como apresentou Daiane. Na região, um caso foi monitorado na cidade de Marau, no início do mês. Uma mulher de 41 anos apresentou os sintomas de alerta para a doença, como febre e dor de cabeça, porém os exames laboratoriais descartaram a presença do vírus no organismo da paciente. A enfermeira, porém, lembrou que o coronavírus é uma “síndrome gripal moderadamente leve” com período de incubação estimado de 2 a 16 dias. “A transmissão pode ocorrer antes dos sintomas, o que é um agravante”, alertou.

O delegado regional da 6ª Coordenadoria de Saúde, Marcelo Pacheco, destacou que o plano de contingência funciona para evitar uma contaminação em maiores escalas do vírus, caso seja detectado em algum posto de saúde. “Nos aeroportos regionais, será de responsabilidade dos municípios. Mas, é lógico que estaremos atuando junto”, ponderou sobre o fluxo de pessoas nos terminais aeroportuários. Na longa ficha de notificação que será adotada pelas secretarias de saúde e vigilância sanitária, os profissionais de saúde deverão constar uma série de dados pessoais e clínicos do paciente e encaminhar para o Comitê de Operações Especializadas (COE). As informações serão encaminhadas para todas as instâncias de saúde estadual e federal para que o monitoramento seja mais preciso. “Após a entrevista detalhada, o acompanhamento será feito por 16 dias”, disse Daiane.

O último boletim emitido pelo Ministério da Saúde, divulgado na quarta-feira (12), mostrou que há 11 casos suspeitos de coronavírus no país distribuídos em cinco estados da federação. São Paulo monitora seis pacientes suspeitos de diagnóstico de coronavírus, enquanto dois cidadãos do Rio de Janeiro estão mantidos sob alerta. Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais informaram apenas um caso suspeito. Os exames laboratoriais, conforme mencionou ainda a enfermeira, demoram cerca de 1 a 4 dias para seqüenciar o genoma do vírus e confirmar ou não o diagnóstico. “É considerado suspeito todo paciente que apresentar dois sintomas e ter voltado de viagem, nos últimos 14 dias, das áreas consideradas de transmissão. Atualmente, só a China é considerada”, reiterou ela.

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