Diante do atual cenário de desabastecimento de medicamentos do chamado kit intubação, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) orienta hospitais públicos e privados que utilizam esses anestésicos a cancelarem a realização de cirurgias e procedimentos eletivos por tempo indeterminado.
Nos últimos dias, a SES recebeu relatos de hospitais a respeito da ameaça de desabastecimento e tomou medidas práticas como o levantamento da demanda por parte das instituições que integram o Plano de Contingência Hospitalar, bem como do estoque existente, e buscou o apoio do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Ministério da Saúde para a solução do problema.
O ministério acenou com uma compra emergencial no mercado nacional, e até mesmo internacional em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), para abastecer os Estados.
Alguns Estados já começaram a receber lotes de medicamentos e a SES acredita que o RS será contemplado em breve.
A secretaria também solicita que hospitais e clínicas públicas e privadas disponibilizem aos hospitais com setores de Emergência e Unidades de Terapia Intensiva seus medicamentos desta categoria em estoque, especialmente sedativos e bloqueadores neuromusculares. Ao mesmo tempo, a SES notifica as distribuidoras de medicamentos do RS para verificarem se há esses sedativos em seus estoques.
A Secretaria destaca que a responsabilidade pelo abastecimento desse tipo de medicamento é dos hospitais. O auxílio neste momento ocorre devido a pandemia.
O órgão também lembra que o acesso ao leito de UTI é uma medida extrema e oritenta a sociedade a adotar as medidas de proteção (como o uso de máscaras e higiene pessoal) e respeitar as normas de distanciamento controlado do governo do Estado para evitar a sobrecarga da rede de hospitalar.
O Estado do Rio Grande do Sul tem hoje (3/7) 2.188 leitos de UTI Adulto SUS e privado, com taxa de ocupação próxima de 70% desde o início da pandemia.
Diante desse cenário, a Central de Regulação de Leitos do Estado está pronta para atender os pacientes e fazer remoções de uma cidade ou região para outra, de acordo com a necessidade e a disponibilidade de vagas em leitos clínicos e de UTI.