O cuidado com a saúde masculina é lembrado no mês de novembro, através da campanha Novembro Azul, que também pretende desmistificar os tabus com a saúde do homem, reforçado a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata. A importância no diagnóstico precoce da neoplasia de próstata está na possibilidade de realizar o tratamento adequado quando a doença está localizada apenas na próstata, o que aumenta a possibilidade de cura e melhora a sobrevida a longo prazo do paciente. No Brasil, atualmente, o câncer de próstata é a segunda neoplasia que mais acomete o homem, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma.
O diagnóstico do câncer de próstata envolve a avaliação médica a partir de diversos parâmetros, entre eles, o exame digital da próstata e o PSA. O rastreio do câncer de próstata é realizado através na anamnese na qual identifica-se os fatores de risco e o histórico familiar do paciente. Ainda, associamos a dosagem do PSA (antígeno prostático específico) e o exame digital da próstata. Uma vez que haja suspeita, realizamos a ressonância multiparamétrica de próstata e biópsia de próstata para confirmar o diagnóstico. Não utilizamos o PSA de forma isolada no rastreio, pois em algumas neoplasias avançadas e indiferenciadas, ele pode ter o valor dentro da normalidade.
Conhecimento sobre os fatores de risco auxilia no diagnóstico precoce
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima o surgimento de mais de 65 mil novos casos de câncer de próstata em 2020. Por isso, estar atento aos principais fatores de risco pode ser decisivo para o diagnóstico precoce da doença. Os principais fatores de risco são: possuir familiares de primeiro grau (pai e/ou irmãos) com diagnóstico precoce de câncer de próstata, ter familiares com câncer de mama com mutação genética e ser afro descendente.
Os exames preventivos são fundamentais já que na maioria dos casos o câncer de próstata não apresenta sintomas em sua fase inicial. Porém, algumas alterações indicam a necessidade de busca por auxílio médico. O câncer de próstata não apresenta um sintoma específico quando em estágio inicial. Porém, o paciente deve atentar para alterações urinárias (aumento de frequência urinária, jato urinário fraco, esforço miccional) diminuição do volume na ejaculação e presença de sangue na urina e na ejaculação.
A indicação do tratamento é avaliada pelo profissional de acordo com o estágio de desenvolvimento do tumor. Uma vez realizado o diagnóstico de câncer, o tumor será classificado em baixo, médio e alto risco de progressão. Para os tumores de baixo risco, desde que preencham alguns critérios, a abordagem contemporânea é de seguimento regular, com consultas e exames programados. Já para os de médio e alto risco, dispomos atualmente do tratamento cirúrgico e radioterápico.
*Conteúdo produzido com a colaboração da equipe de urologistas do Serviço Avançado de Urologia, membros do corpo clínico do Hospital de Clínicas de Passo Fundo.