Uma equipe de aproximadamente 50 profissionais da saúde monitora pessoas com diagnóstico confirmado de Covid-19 ou que ainda aguardam o resultado do exame e têm suspeita da doença. O trabalho é feito remotamente, por telefone, para prestar apoio aos pacientes e acompanhar o isolamento domiciliar.
Conforme a enfermeira Carla Thomasetto, que é responsável pelo serviço, a supervisão é realizada desde que o paciente entra na rede de atendimento. “No momento em que ele faz o cadastro, pedimos a qual unidade de saúde ele pertence. O nome dele é, então, lançado no teleatendimento da unidade em que ele está referenciado. O acompanhamos é feito desde o início dos sintomas, no momento em que ele procura assistência, até o término do isolamento domiciliar e da recuperação”, enfatiza.
A partir de ligações telefônicas, os profissionais, que são de diversas áreas da saúde, conversam com cada um dos pacientes. Eles são questionados sobre os sintomas e a evolução do quadro. O contato, geralmente, é feito a cada 48 horas. Em casos de pessoas que têm mais chances de desenvolver complicações, ele é diário. “O monitoramento acompanha o paciente para orientá-lo, para saber como ele está e para identificar possíveis agravamentos a fim de, se necessário, reencaminhá-lo ao atendimento médico”, enfatiza Carla.
São contatadas, em média, 700 pessoas por dia. Além de possibilitar uma avaliação do seu estado, o serviço verifica o cumprimento do isolamento para evitar a transmissão do coronavírus.
De acordo com Carla, o período de monitoramento é compatível com a duração do isolamento. “O tempo mínimo de isolamento é de 10 dias. Caso, no décimo dia, o paciente ainda apresente sintomas, ele deve ser reavaliado. Os pacientes mais graves, que ficaram hospitalizados, são acompanhados por mais tempo, até que haja a necessidade”, justifica.