Matriciamento em saúde: cuidar em tempos de pandemia

Em 2020, alunos e professores da IMED acompanharam e cuidaram de pacientes com sintomas gripais por meio de contato telefônico

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De março a dezembro de 2020, mais de 3 mil pessoas com sintomas gripais foram monitoradas pelo serviço de Matriciamento do curso de Medicina da IMED. Mais de 100 alunos, acompanhados de docentes da instituição, acompanharam por telefone moradores de Passo Fundo e região 24 horas por dia, 7 dias por semana. Foram mais de 12 mil contatos telefônicos realizados neste período.

Recomendado pelos protocolos do Ministério da Saúde em meio a pandemia causada pela Covid-19, o serviço monitorou pacientes com sintomas gripais que foram atendidos em unidades de saúde ou hospitais. O atendimento aconteceu mesmo antes de testarem positivo ou negativo para a Covid. “Após o atendimento em locais de saúde, o paciente assinava um termo aceitando ser acompanhado pelo serviço de Matriciamento. Com o aceite, os alunos iniciavam por telefone o acompanhamento do quadro gripal, ficando à disposição para o esclarecimento de dúvidas e acompanhando também o surgimento de sintomas em familiares”, explica o acadêmico de Medicina da IMED, Vitor Boniatti Neves.

Os pacientes foram acompanhados pelo período mínimo de quatorze dias, prazo estendido caso os sintomas gripais continuassem. Para o médico psiquiatra e docente do curso de Medicina da IMED, José Saraiva, o projeto pautado na lógica do matriciamento permitiu que os alunos praticassem o cuidar de forma colaborativa. “Essa foi a base do nosso projeto: alunos, professores e preceptores cuidando da comunidade, de segunda a segunda”, destacou.

A Central de Matriciamento ficou localizada dentro do Hospital de Clínicas (HC) de Passo Fundo, na estrutura do Hospital Escola, espaço interdisciplinar construído em parceria entre HC e IMED. “Foi uma imensa satisfação realizar este projeto porque tivemos um feedback interessante da comunidade, de agradecimento por poder contar conosco, por poder ligar e esclarecer suas dúvidas. Foi um projeto enriquecedor para os nossos acadêmicos que se sentiram médicos, responsáveis pelos pacientes que ligavam”, acrescentou.

Segundo ele, o projeto foi feito de forma ética, seguindo todos os padrões de registros que o Conselho Regional de Medicina orienta em relação à proteção de dados. “Fica aqui um breve relato e um agradecimento aos alunos, pacientes, preceptores que acompanharam nos plantões e a todos os técnicos que colaboraram com o nosso projeto”, finaliza.


IMED na linha de frente

Além do matriciamento, alunos e professores da IMED também atuaram em outras frentes de combate à Covid-19. Entre as ações, estão a produção de máscaras de proteção face shield, a Central de Teleorientação Médica, a atuação dos alunos de Medicina no atendimento direto à comunidade com sintomas gripais no CAIS Petrópolis, em Passo Fundo, e a participação da instituição em estudo epidemiológico sobre a Covid-19. 


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