O destino da terceira remessa de vacinas contra o coronavírus, recebida em 25 de janeiro, foi definido. O lote de 53,4 mil doses da CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, em São Paulo, será enviado aos municípios nesta segunda-feira (1). Na ocasião, também haverá entrega de outras 170,8 mil doses de CoronaVac recebidas na primeira remessa.
Os critérios para a aplicação desses imunizantes foram debatidos entre a secretária da Saúde, Arita Bergmann, e equipe técnica, durante reunião virtual com o Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems), nesta sexta-feira (29).
Inicialmente, a segunda remessa de Coronavac destinava-se à continuidade da vacinação de trabalhadores da saúde que atuam diretamente na linha de frente de combate à Covid-19. No entanto, a Secretaria da Saúde (SES) optou por utilizar parte das doses para fazer algumas correções. As doses restantes serão encaminhadas a esses profissionais ainda não imunizados. Isso significa que todas as 53,4 mil doses da Coronavac serão utilizadas para a aplicação da primeira dose.
A Secretaria da Saúde se baseou em dados da base apresentada pelo Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Ministério da Saúde, que toma por base as campanhas de influenza cuja vacinação inclui pessoas de 18 a 59 anos. A vacinação contra a Covid-19, porém, inclui trabalhadores da saúde de idade superior a 59 anos, o que fez com que o cálculo inicialmente utilizado para a distribuição de vacinas precisasse de ajustes.
O CNES informou uma estimativa de 361 mil trabalhadores da saúde e, com as correções, o valor de referência passa a ser 407 mil. Além disso, algumas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) não estavam cadastradas no CNES, o que fez com que o número real de idosos institucionalizados fosse subestimado.
O objetivo é que, com esse quantitativo, todos os municípios atinjam 100% de vacinação dos grupos prioritários de indígenas aldeados, população de 60 anos ou mais institucionalizada e pessoas portadoras de deficiência institucionalizadas.
As demais doses serão destinadas para garantir a continuidade da imunização da primeira dose dos profissionais de saúde de linha de frente que ainda não foram vacinados. Dessa forma, cidades que ainda não receberam o total correspondente a esses de profissionais receberão um volume de doses que vai assegurar que nenhum município tenha recebido menos do que 66% das doses previstas para essa população, também prioritária nesta fase da campanha.
A logística de distribuição será a mesma utilizada nas outras duas distribuições, com apoio aéreo e terrestre. Essa é a terceira remessa de vacinas recebida pelo Estado. O primeiro lote, com 341,8 mil vacinas CoronaVac, chegou em 18 de janeiro. Somado às 116 mil vacinas da Oxford/AstraZeneca, recebidos em 24 de janeiro, o Rio Grande do Sul recebeu, até agora, um total de 511,2 mil doses de vacinas contra a Covid-19.