RS iniciará nos próximos dias a imunização contra Covid-19 de idosos com mais de 85 anos

Ministério da Saúde deve enviar vacinas CoronaVac neste final de semana

Por
· 3 min de leitura
147 mil doses serão destinadas a esse público (Foto: Mauro Nascimento/Palácio Piratini)147 mil doses serão destinadas a esse público (Foto: Mauro Nascimento/Palácio Piratini)
147 mil doses serão destinadas a esse público (Foto: Mauro Nascimento/Palácio Piratini)
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

O Rio Grande do Sul deve receber, neste final de semana, 193,2 mil novas doses da CoronaVac. O governo do Estado pretende iniciar a segunda fase de imunização, incluindo idosos acima de 85 anos, além de ampliar a vacinação dos profissionais da saúde. Esta é quarta remessa de vacinas contra a Covid-19 enviada pelo Ministério da Saúde (MS). O anúncio foi feito pelo governador Eduardo Leite e pela secretária da Saúde, Arita Bergmann, em vídeo publicado nas redes sociais nesta sexta-feira (5/2).

“A nossa expectativa é de que, com essas doses, a gente possa fazer, ao longo dos próximos dias, a imunização de 43% da população acima dos 85 anos aqui no Rio Grande do Sul. Além disso, tendo em vista que uma parte maior dos idosos está vivendo no litoral, em função até do isolamento, estamos garantindo o repasse considerando essa realidade do nosso Estado”, destacou o governador.

Todas as 193,2 mil doses serão repassadas, sem reserva pelo Estado. Do total previsto, aproximadamente 147 mil destinam-se aos idosos, montante suficiente para atingir cerca de 43% população com mais de 85 anos. As outras cerca de 46,2 mil doses servirão para alcançar em torno de 78% dos profissionais que trabalham em unidades de saúde no Estado.

O Ministério da Saúde ainda não informou a previsão de data e horário de envio das vacinas para os Estados. A Secretaria da Saúde (SES) distribuirá para as Coordenadorias Regionais de Saúde (CRSs), que repassarão aos municípios. Os quantitativos por região e cidade ainda estão sendo calculados.

A recomendação da SES é para que seja feito um pré-cadastro da população-alvo e, se possível, com agendamento prévio, de forma a evitar aglomeração nos locais de vacinação e também desperdício, já que cada frasco-ampola da CoronaVac contém dez doses que devem ser aplicadas de forma sequencial e imediata. Além disso, a pasta reforça a necessidade de cadastrar cada dose aplicada no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e no formulário de controle do Estado.

Cabem às prefeituras organizar a aplicação das doses e divulgar aos moradores como ocorrerá o processo em cada município, seja de forma presencial nas unidades de saúde, por drive-thru ou outro formato.

No caso de Passo Fundo, a vacinação de idosos acamados em domicílio teve início na quinta-feira (4). O município espera vacinar 230 idosos acamados nesta primeira etapa.

“É importante que todos estejam atentos à forma como o seu município se organiza para garantir a imunização dos idosos das suas famílias, e os municípios devem estar comprometidos a organizarem para que essa vacina chegue às pessoas que estão nessa faixa etária, mais de 85 anos, de forma adequada, sem gerar situações de aglomeração”, reforçou o governador.

Reunião com a Embaixada da China

Antes do anúncio da chegada de novas doses, o governador e a secretária Arita participaram de uma reunião com governadores de todo o país com a Embaixada da China no Brasil, com objetivo de articular a produção e a entrega de vacinas para que os Estados possam se planejar e criar um cronograma de imunização.

A mobilização visa agilizar o processo de importação do ingrediente farmacêutico ativo (IFA), princípio necessário tanto para produção da CoronaVac, produzida no Brasil pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, e para a vacina da Universidade de Oxford com o laboratório inglês AstraZeneca, que será fabricada no país pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

"Temos aqui no Rio Grande do Sul o mais alto respeito e admiração pela República Popular da China, pela sua força de transformação e inovação, e estamos muito satisfeitos em ver que a parceria na questão sanitária com o Butantan, ligado ao governo de São Paulo, é uma demonstração dessa boa relação entre os países. Queremos reforçar esses laços com o comum interesse benéfico aos nossos povos. O Rio Grande do Sul está à disposição para ajudar a enfrentar qualquer percalço, por isso, contem conosco para superarmos esse quadro de pandemia", afirmou Leite.

Gostou? Compartilhe