Faltam cilindros para envase de oxigênio em Soledade

Município iniciou uma campanha solicitando a doação de cascos para garantir abastecimento aos pacientes

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A Secretaria Municipal de Saúde de Soledade emitiu um alerta em caráter de urgência, ontem (9) através das redes sociais, solicitando a doação de cilindros de oxigênio. Com o aumento elevado da demanda nos últimos dias, a secretária de saúde, Edinara França, demonstra preocupação com a possibilidade de faltar oxigênio para pacientes no município. 

Na atualização desta terça-feira, Soledade estava com 390 casos ativos, e 560 em monitoramento. A ocupação de leitos de UTI era de oito pacientes, 80% do total disponível. Todos os pacientes em UTI são Covid-19. A taxa de ocupação em leitos clínicos Covid-19 é de 137.5%. 25 pessoas já morreram por Covid-19 no município.

Além dos pacientes internados por coronavírus, também há uma demanda grande de pessoas que necessitam de oxigenoterapia para o tratamento de outras comorbidades. Edinara afirma que a aquisição de oxigênio é feita conforme o fluxo da demanda, portanto, não há estoque no município. Com o aumento do consumo nos últimos dias, as empresas

fornecedoras começaram a sentir dificuldades em atender os clientes. “O problema não está no oxigênio, mas no casco em que ele é fornecido, pois as empresas não têm em estoque”, explicou.

A reposição do oxigênio é feita de uma forma semelhante ao gás de cozinha. O cliente vai até a empresa fornecedora entrega o casco vazio, e recebe ele cheio. Mesmo com diversas empresas na região que comercializam o produto, todas centralizam as recargas na região metropolitana.

Na tentativa de suprir a falta de cilindros e evitar a falta de oxigênio aos pacientes, a secretaria procurou no mercado máquinas que são ligadas na energia elétrica e trabalham ininterruptamente sem necessidade de recarga, mas não há disponibilidade destes equipamentos para venda ou aluguel.

Procurada pela reportagem do ON, uma das empresas fornecedora de oxigênio para a prefeitura de Soledade esclareceu que, com o aumento da procura e do consumo, não há mais cascos para reposição dos estoques.

“Esta é uma situação completamente nova. Nunca chegamos ao ponto de faltar cascos. Recebemos muitos pedidos, pessoas ligando, querendo comprar cilindros, isso acarretou uma redução de rotatividade”, disse a responsável pela empresa.

A secretária pede para pessoas ou empresas que têm cascos disponíveis e não estão sendo utilizados, podem fazer contato com a prefeitura ou a secretaria de saúde para doação ou empréstimo.

Cilindros de oxigênio de empresas também podem ser utilizados para fins medicinais, desde que passem por um processo de tratamento adequando, que fica sob a responsabilidade da prefeitura.

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