Os componentes do sangue são fundamentais para o funcionamento do organismo. Isso porque, entre tantas funções, eles também são responsáveis pela resposta imunológica e pelo transporte de oxigênio e outras substâncias importantes para as células e órgãos. As doenças hematológicas afetam a produção dos elementos sanguíneos, conforme explica o médico hematologista, membro do corpo clínico do Hospital de Clinicas de Passo Fundo, Dr. William Scheffer Chaves. “Doenças hematológicas são aqueles que se originam de algum defeito no sangue. O sangue é composto basicamente por glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas além do plasma. As doenças hematológicas podem se originar na medula óssea, nos linfonodos (gânglios linfáticos, popularmente conhecidos como Ínguas) no baço ou na própria corrente sanguínea”.
Doenças hematológicas mais prevalentes
“As anemias estão entre as doenças mais prevalentes. Problemas relacionados ao excesso de ferro no organismo também. Podemos citar também as tromboses e os cânceres de origem no sangue, principalmente leucemias, linfomas e miolemas”. O hematologista é o especialista responsável por identificar a origem destas doenças e avaliar as opções terapêuticas adequadas para seu tratamento. “O médico hematologista e hemoterapeuta também tem uma importante atuação junto aos hemocentros no gerenciamento dos estoques de sangue e em campanhas de conscientização junto à população sobre a importância da doação de sangue”, complementa.
Sinais
O especialista orienta sobre os principais sinais de alerta para a busca por auxílio especializado. “Deve-se procurar um hematologista se tiver sintomas tais como: palidez, manchas rochas na pele, sangramento de gengiva e/ou nariz, fadiga, mal-estar, gânglios linfáticos inchados, febre, emagrecimento, sudorese noturna e tromboses”.
Como o tratamento é realizado?
O diagnóstico precoce das doenças hematológicas é fundamental para qualidade de vida do paciente. O especialista enfatiza ainda a importância da procura de auxílio especializado assim que surgirem os primeiros sintomas. “No tipo de tratamento, na duração do tratamento e nas chances de cura, quando falamos de leucemia, linfomas e mielomas (mieloma atualmente é uma doença sem cura). O diagnóstico é fundamental para que se tenha um maior sucesso no tratamento. Tivemos grandes avanços nos tratamentos disponíveis na hematologia nos últimos 10 anos. Tratamentos que possibilitam uma maior chance de cura e controle das doenças. Com o advento das terapias-alvo, como o rituximabe, é possível tratar as doenças com menos toxicidade (efeitos adversos) e com uma maior chance de cura. Outro importante exemplo de terapia alvo é o Imatinibe, que possibilitou aos pacientes portadores de Leucemia Mielóide Crônica um controle muito mais adequado da doença em relação às terapias disponíveis previamente.” evidencia Dr. William Chaves.