Permanecer em ambiente fechado tornou-se uma rotina para milhares de pessoas durante a pandemia. A partir deste cenário, todos buscam um ambiente agradável em casa para trabalhar ou estudar. Neste aspecto, a maioria prefere ficar perto de uma janela e muitas vezes exposto ao sol. O tema despertou a atenção da Sociedade Brasileira de Dermatologia - Secção RS (SBD-RS), estando presente na segunda edição do webinar SKIN+. Uma dúvida que chega aos consultórios é se é necessário ou não usar a fotoproteção em ambientes fechados. “Quando falamos de fotoproteção damos muita atenção aos Raios Ultravioleta, porém cada vez mais é preciso olhar com cuidado para a Luz Visível e o Infravermelho que também possuem impacto biológico, inclusive na pele”, afirma a dermatologista e diretora da SBD-RS, Juliana Boza.
Riscos
Estudos mostram que, mesmo quem trabalha em ambientes fechados, tem risco de desenvolver câncer de pele ao longo da vida. Sobre os vidros, eles bloqueiam 100% do UVB, porém a transmissão de outras radiações acontece. Como por exemplo, a transmissão de 72% de raios UVA, 90% de luz visível e 83% de calor. “A Luz Visível, por exemplo, está presente em fontes artificiais como lâmpadas, lasers e luzes usadas em computadores, televisão e celular, mas é importante levar em consideração que a fonte primária da Luz Visível é o Sol. Ela induz a pigmentação imediata e também está relacionada a melasma e outras doenças de pele”, explica. Laminação, tingimento, filmes plásticos ou coberturas metálicas ajudam no bloqueio dessas radiações.