Saúde no Interior: programa já realizou mais de 300 atendimentos

Ação da Prefeitura descentraliza os serviços oferecidos na rede municipal de saúde, levando para os distritos de Passo Fundo um profissional de Enfermagem, um médico e quatro acadêmicos de Medicina. Projeto é realizado em parceria com a Universidade de Passo Fundo (UPF)

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Foto: Michel Sanderi/PMPFFoto: Michel Sanderi/PMPF
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Lançado em abril pela Prefeitura de Passo Fundo, o programa ‘Saúde no Interior’ tem possibilitado a descentralização dos atendimentos clínicos e de atenção básica oferecidos pela Secretaria de Saúde à população, levando para os distritos do município um profissional de Enfermagem, um médico e quatro acadêmicos dos anos finais do curso de Medicina, em uma parceria com a Universidade de Passo Fundo (UPF).

As consultas ocorrem nas tardes das terças, quartas e sextas-feiras, nos distritos de Bela Vista, Pulador, Bom Recreio, Capinzal, São Roque/São Valentim e Sede Independência, em sistema de rodízio. O médico e professor de Saúde Coletiva da UPF, Luiz Artur Rosa Filho, que acompanha os acadêmicos durante os atendimentos, destaca que um dos benefícios principais do programa é o monitoramento de situações comuns de saúde, evitando o agravamento de problemas clínicos e outras enfermidades, como a hipertensão e o diabetes, por exemplo. “Os moradores destas localidades não precisam mais se deslocar para o centro urbano em busca de acolhimento na atenção básica. Isso facilita muito o acesso aos serviços e também previne intercorrências que podem ser minimizadas a partir de um acompanhamento mais frequente. Desde o início do programa, mais de 300 atendimentos já foram realizados”, explicou.

É o caso da aposentada Teresinha Martins, que nesta terça-feira (08) levou o neto, Davi de Lima, de nove anos, para uma consulta no Ambulatório Municipal do distrito de Bela Vista. Moradora da comunidade há 30 anos, ela conta que recebeu com muita alegria a notícia de que o local passaria a contar com uma nova equipe de profissionais médicos. “Antes, era ruim ter que ir até a cidade para procurar médico. Precisava conseguir uma carona, arrumar alguém para me acompanhar e tinha que esperar muito tempo para ser atendida. Agora, está muito melhor. A gente chega e logo consegue se consultar. O pessoal é muito simpático e atende a gente muito bem”, relatou ela.

Desde abril, quando o programa foi lançado, esta foi a segunda vez que Teresinha precisou dos serviços do Ambulatório. “Tem sido muito bom saber que vamos receber o atendimento mais próximo de casa. Meu neto não estava se sentindo muito bem, então aproveitamos a vinda do médico para ver o que está acontecendo com ele”, disse a aposentada. Satisfeita também estava a dona de casa Maria Luiza Frubel, uma das pacientes atendidas pela equipe de profissionais no Ambulatório da Bela Vista. “Como eu tenho diabetes e hipertensão, preciso fazer um monitoramento frequente. Agora com a vinda do médico e dos alunos, me sinto mais tranquila”, ponderou.


Saúde e prevenção

Conforme a secretária de Saúde, Cristine Pilati, o Saúde no Interior contempla ainda uma perspectiva de humanização e qualificação do atendimento oferecido à população. “No caso dos distritos, descentralizar os serviços facilita a prevenção em saúde e também reforça a importância de um olhar mais atento e humano com as nossas comunidades do interior”, defende ela, complementando que, além de atender a uma antiga reivindicação destas comunidades, o programa ainda permite mais conforto aos pacientes que residem no interior de Passo Fundo. “Este esforço conjunto entre a Prefeitura e a Universidade vai trazer inúmeros benefícios para os moradores dos distritos, melhorando inclusive a qualidade de vida desta população”.

As acadêmicas de Medicina, Luíza Barbosa e Fernanda Burtet, estão entre as estudantes assistidas por Luiz Artur no programa. Para elas, além de manter um contato próximo com diferentes realidades, projetos como o ‘Saúde no Interior’ ampliam a capacidade de escuta do profissional médico. “Estamos tendo a oportunidade de conhecer outras situações, vivenciar novas experiências e aprender muito com os relatos e casos clínicos que recebemos. Circulando pelos distritos percebemos a dificuldade de muitas pessoas acessarem os serviços de saúde. Muitas vezes, um monitoramento mais frequente de doenças como a hipertensão pode evitar casos mais graves”, salientaram.


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