O Cais São Cristóvão está em processo de adaptação e funcionará como um centro intermediário de observação Covid-19 nos próximos dias. Como elemento necessário dessa transição, na sexta-feira (18), todos os profissionais que atuam na unidade passaram por um treinamento voltado ao controle de infecção.
A secretária de Saúde, Cristine Pilati, avalia que a ação reforçou os cuidados individuais de prevenção da Covid-19. “Todos esses profissionais estão enfrentando uma mudança na sua rotina de trabalho e, por isso, precisam dessas orientações. Neste momento, eles tiveram instruções sobre os métodos adequados de higienização, paramentação e manuseio dos equipamentos de proteção individual, fundamentais para evitar a contaminação”, destacou.
O Cais São Cristóvão, que foi a terceira unidade municipal estruturada para atendimento específico de pacientes com sintomas de Covid-19, foi escolhido para ser o centro intermediário de observação de pessoas que, com a confirmação da doença, aguardam leitos nos hospitais da cidade ou da região. Desde o dia 11 de junho, a unidade já não recebe mais pacientes para atendimento ambulatorial de triagem.
A técnica em Enfermagem Luciane Alves Pereira, que atua na rede municipal de saúde há 18 anos, relata que a nova configuração é um desafio para toda a equipe. “Na saúde, os profissionais sabem que precisarão encarar muitos desafios. E nós estamos aqui: prontos para essa nova realidade”, disse.
Como funcionará o centro
Devido ao aumento de casos e internações hospitalares por Covid-19, a Prefeitura de Passo Fundo anunciou a implementação do centro intermediário. De acordo com a secretária de Saúde, Cristine Pilati, os 10 leitos disponibilizados na unidade serão o primeiro estágio de observação após atendimento nos Cais Petrópolis e Boqueirão e terão formato de enfermaria e observação. “Esses pacientes poderão aguardar uma vaga no hospital em melhores condições, contando com o suporte do Cais São Cristóvão, que funcionará durante 24 horas. Eles receberão atendimento médico, oxigênio caso necessário e serviços que não estão contemplados nas demais unidades de referência de Covid-19”, pontua.
Todos os leitos já contam com mobília, equipamentos e recursos, conseguidos a partir de parcerias e de ajuda do Governo do Estado. “Grande parte dos equipamentos é emprestada pelo Hospital São Vicente de Paulo. A alimentação e a lavagem das roupas serão realizadas pelo Hospital Municipal. Também contamos com a destinação de cinco monitores e 10 torpedos de oxigênio medicinal do Governo do Estado. Conseguimos unir esforços para ampliar e qualificar a nossa rede em um momento de aumento de casos ativos e ocupação dos hospitais”, menciona a secretária.