Ampliação da cobertura vacinal do grupo de gestantes e puérperas reduz número de casos graves, internação e óbitos

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(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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A presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Rio Grande do Sul, Ana Selma Picoloto, fez um apelo a todas as gestantes para que se vacinem contra a infuenza – gripe H1N1. “Nós sabemos que não é só o coronavírus que causa infecção respiratória grave nas gestantes. O vírus influenza também pode levar a um grande risco de insuficiência respiratória, risco de internação em UTI, interrupção precoce da gravidez e até o risco de óbito da mãe e do bebê”, afirma.

Ana Selma, que é médica ginecologista e obstetra, referiu, ainda, às puérperas, que são as mães que acabaram de ter bebê, dizendo que esse grupo também têm o risco aumentado de apresentar um quadro bastante grave, com uma infecção respiratória muito séria. “Não tenham medo da vacina, tenham medo do vírus e da infecção”, enfatizou a médica reafirmando que “a vacina não faz mal para o bebê e não faz mal para a mãe”.

O grupo de gestantes e puérperas foi incluído como prioritário desde a primeira etapa da Campanha de vacinação contra a Influenza, que teve início em 12 abril. A meta é vacinar 90% de desse segmento da população estimado em 117.541 mulheres no Rio Grande do Sul. Até agora, o grupo de gestantes chegou a 54,6% da meta em doses aplicadas e o de puérperas, em 59,8%.

Chefe da Divisão de Epidemiologia do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri reafirma que este público tem alta vulnerabilidade “é um grupo de alto risco, e os dados epidemiológicos têm mostrado que a alta cobertura vacinal deste grupo (gestantes e puérperas até 45 dias após o parto) reduz o numero de casos com evolução para síndromes respiratórias agudas graves (SRAG) e hospitalização”.

Enfermeira do Núcleo Estadual de Imunizações do Cevs, Eliese Denardi Cesar destaca que a vacina contra a gripe também protege as crianças até os seis meses de vida, quando começam a receber a imunização. “É uma forma de proteger o bebê, visto que o calendário de vacinação prevê a primeira dose a partir dos seis meses”.

A vacina contra a gripe é aplicada nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos municípios. Para reforçar que as gestantes e puérperas tenham acesso à imunização, a coordenadora de Atenção Primária em Saúde da Secretaria da Saúde (SES), Laura Ferraz, lembra que a campanha da vacina contra a influenza é uma velha conhecida das equipes de Atenção Primária no Estado, a diferença neste ano é que além da pandemia, há a campanha de vacinação contra a Covid-19 acontecendo paralelamente.

“Portanto, é imprescindível que as equipes olhem para os seus registros, identifiquem as gestantes e puérperas em acompanhamento na UBS e proporcionem ativamente o acesso à vacina contra a influenza”.

Laura destaca que as consultas de rotina são uma ótima oportunidade, mas não devem ser a única opção. “Os agentes comunitários de saúde são colegas essenciais na busca ativa dessas mulheres e também na identificação daquelas que estão gestantes e ainda não deram incío ao pré-natal. A vacina da gripe salva vidas e as gestantes e puérperas são prioritárias nessa campanha", conclui.


Grupos prioritários e datas das etapas

1ª etapa: de 12 de abril até 10 de maio

Crianças acima de 6 meses e menores de 6 anos – 765.827

Gestantes e puérperas – 117.541

Trabalhadores da saúde – 361.210

Povos indígenas - 30.347


2ª etapa: de 11 de maio até 8 de junho

Pessoas acima dos 60 anos – 2.143.707

Professores – 141.254


3ª etapa: de 9 de junho até 9 de julho

Pessoas com comorbidades – 777.224

Pessoas com deficiência permanente – 399.436

Caminhoneiros – 111.289

Trabalhadores de transporte coletivo – 42.831

Trabalhadores portuários – 4.051

Forças de segurança e salvamento – 31.489

Forças Armadas – 38.899

Funcionários do sistema prisional – 4.881

População privada de liberdade – 40.099

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