A Prefeitura de Passo Fundo está estruturando a ampliação do programa ‘Mutirão de Especialidades’ para, nos próximos meses, atender a demanda represada por consultas de média complexidade nas áreas de Cardiologia, Endocrinologia e Neurologia. A ação foi confirmada nesta semana pelo prefeito, Pedro Almeida, durante a realização de uma live de prestação de contas dos seis meses de Governo. “Em março, lançamos o Mutirão de Oftalmologia como projeto-piloto deste grande programa que tem o objetivo principal de reduzir as filas de espera por atendimentos em áreas de especialidades médicas que, apesar de serem responsabilidade do Estado, afetam diretamente a nossa população”, comentou Pedro.
De acordo com o prefeito, a iniciativa apresentada, inicialmente, na área da oftalmologia gerou bons resultados para os pacientes e mostrou a possibilidade de acelerar o atendimento para pessoas que aguardam há bastante tempo nas filas. “Discutimos estas possibilidades de o Município prestar este serviço também no Ministério da Saúde, quando estive reunido com o ministro Marcelo Queiroga. É um programa importante que vai beneficiar a nossa população”, acrescentou ele.
A secretária de Saúde, Cristine Pilati, explicou que a partir do modelo implementado no Mutirão de Oftalmologia, a Secretaria estuda a formatação de propostas similares nas três áreas com os maiores volumes de pacientes aguardando há mais tempo em listas de espera. “Como disse o prefeito, é uma responsabilidade do Estado garantir estes atendimentos nas especialidades. Mas, a Prefeitura está trabalhando para melhorar a qualidade de vida dos passo-fundenses e, neste sentido, vamos credenciar instituições que possam prestar estas consultas em cardiologia, neurologia e endocrinologia, praticamente zerando o passivo”, argumentou ela.
Cristine destacou que os atendimentos devem iniciar no próximo trimestre, a partir da conclusão de todas as etapas administrativas e jurídicas necessárias para garantir a execução dos mutirões. “Hoje, temos uma lista de espera de cerca de 2.700 pessoas para a neurologia; 2.380 para a cardiologia e 1.084 em endocrinologia. Com os mutirões nós pretendemos reduzir consideravelmente estes números e também contra referenciar os pacientes para a atenção básica, assegurando acompanhamento nas unidades básicas de saúde e, assim, evitar o agravamento de muitos problemas”, defendeu a secretária.
Busca ativa
Outro anúncio feito pelo prefeito e pela secretária de Saúde durante a live ocorrida na segunda-feira (12), é a de busca ativa de pacientes que foram hospitalizados em decorrência do agravamento do quadro clínico de Covid-19 e que precisam de tratamentos pós-Covid-19. “Esta é outra demanda que a Prefeitura está atenta e tem construído alternativas que possam garantir um serviço efetivo para recuperação de pessoas que tiveram diversas sequelas ocasionadas pelo Coronavírus”, disse Pedro.
Neste sentido, complementou Cristine, o município está iniciando um processo de mapeamento das principais necessidades. “Neste primeiro momento, vamos oferecer os atendimentos aos pacientes que foram hospitalizados em UTI’s e que demandaram o uso de oxigênio residencial, pois consideramos os casos com maior gravidade e que, provavelmente, exigem acolhimento para retomar a condição de saúde”, informou a secretária, que é médica infectologista. “A partir do intercâmbio de informações entre a Secretaria e os dois hospitais de referência no município, estimamos que sejam mais de 400 pessoas que se encaixam nestes critérios iniciais e que serão acompanhadas em suas residências por equipes multidisciplinares”.
A secretária confirmou ainda que, em um segundo momento, estes atendimentos poderão ser ampliados para o restante da população que apresentar sequelas provocadas pela Covid-19. “As consultas vão incluir diversas áreas, como a psicologia e a fisioterapia, tão fundamentais para restabelecer o paciente”, indicou Cristine, ponderando que a Secretaria entrará em contato com os pacientes para aplicar um questionário que ajudará o Município na identificação das principais intercorrências verificadas na população. “Consideramos este um serviço fundamental para a saúde pública”.