O Ministério da Saúde anunciou hoje (26) a recomendação de que grávidas e puérperas até 45 dias após o parto vacinadas com a AstraZeneca/Fiocruz tomem, preferencialmente, a segunda dose da Pfizer/BioNTech. A orientação foi anunciada pela secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite, e está em nota técnica da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 (SeCov).
Caso a vacina da farmacêutica americana não estiver disponível no momento da segunda dose, poderá ser utilizada a CoronaVac/Butantan. "É importante que as grávidas se vacinem e façam essa intercambialidade, preferencialmente com a vacina da Pfizer, a qual existem estudos já mostrando essa efetividade", afirmou Rosana. "Na excepcionalidade, elas poderão usar também a CoronaVac que mostra uma boa efetividade", concluiu.
A atualização das recomendações foi discutida por especialistas da Câmara Técnica Assessora em Imunização e Doenças do Ministério da Saúde.
Para as grávidas e puérperas que estão começando o ciclo vacinal agora, a orientação do Ministério da Saúde permanece a mesma: elas devem tomar os imunizantes que não têm o vetor viral, isto é, a CoronaVac ou a Pfizer.
A estimativa do Ministério é de que mais de 3 milhões de mulheres sejam imunizadas. Além da vacinação, a campanha reforça a importância das medidas não-farmacológicas para evitar a Covid-19, como uso de máscaras, lavagem das mãos, uso de álcool em gel, etiqueta respiratória e ambiente ventilados.
Intercambialidade
A situação de grávidas e puérperas é considerada uma exceção na vacinação contra a Covid-19 pelo Ministério da Saúde. Além disso, a nota também determina que a intercambialidade poderá ser realizada por pessoas que tenham tomado a primeira dose da vacina em outro país e que estarão no Brasil no momento de receber a segunda dose. A segunda dose deverá ser administrada no intervalo previsto para os fabricantes da primeira dose.
O Ministério da Saúde ainda orienta que, as pessoas que por ventura venham a ser vacinadas de maneira inadvertida com duas vacinas diferentes, deverão ser notificadas como um erro de imunização no e-SUS Notifica, sistema acessado por estados e municípios, responsáveis por esses registros. “Não é permitida a intercambialidade nos casos normais e quando isso acontecer, o caso deve ser tratado como um erro vacinal e notificado”, explicou a secretária.
O Ministério da Saúde também recomenda que essas pessoas sejam acompanhadas com relação ao desenvolvimento de eventos adversos e falhas vacinais.