Mais de 86% da população do RS com mais de 18 anos já tomou 1ª dose da vacina

Balanço mostra que 83% dos municípios do Rio Grande do Sul alcançaram a meta de aplicar o imunizante contra a Covid-19 em toda população vacinável até o dia 25 agosto, conforme o prazo estipulado pelo Governo do Estado

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Governador Leite e secretária adjunta da Saúde, Ana Costa, apresentaram resultados em transmissão ao vivo na manhã desta quinta - Foto: Gustavo Mansur/Palácio PiratiniGovernador Leite e secretária adjunta da Saúde, Ana Costa, apresentaram resultados em transmissão ao vivo na manhã desta quinta - Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini
Governador Leite e secretária adjunta da Saúde, Ana Costa, apresentaram resultados em transmissão ao vivo na manhã desta quinta - Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini
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A expectativa do Governo do Estado de imunizar contra a Covid-19 toda a população acima dos 18 anos de idade até a última quarta-feira (25) não pôde ser concretizada em todo o Rio Grande do Sul, mas alcançou ao menos 412 municípios gaúchos, o equivalente a 83% do total de cidades do Rio Grande do Sul. O balanço, divulgado pelo governador Eduardo Leite na manhã desta quinta-feira (26), também mostra que mais de 7,7 milhões de pessoas haviam sido imunizadas até a data com pelo menos a primeira dose da vacina contra a Covid-19, representando 86,3% da população vacinável.

Na área de abrangência da 6ª Coordenadoria Regional de Saúde (6ª CRS), a pasta estima que 12 dos 62 municípios atendidos por ela ainda aguardavam, até esta quinta-feira, a chegada de novas doses para que fosse possível concluir a aplicação da primeira dose do imunizante em todos os moradores com 18 anos ou mais. Em Passo Fundo, por exemplo, a remessa de imunizantes distribuída pelo governo estadual na última terça-feira, contendo 5,3 mil doses, permitiu estender a vacinação à população com 20 anos de idade na quarta (25) e à de 19 anos na quinta (26).

O cronograma por faixa etária, porém, precisou ser interrompido em Passo Fundo por falta de imunizantes antes que fosse possível começar a aplicação da primeira dose na população com 18 anos. Conforme estimativa da Vigilância em Saúde, o município ainda precisaria receber aproximadamente 3 mil unidades do imunizante para concluir a vacinação de toda a população adulta.


Redução no envio de vacinas

De acordo com o governador, a meta de alcançar toda a população vacinável até o dia 25 de agosto — data calculada pelo governo com base no avanço da vacinação pelas prefeituras e no fluxo de doses recebidas em território gaúcho — não se confirmou porque houve redução de doses enviadas pelo Ministério da Saúde. “O ritmo de distribuição de doses perdeu velocidade. Assim, entre o que esperávamos de doses enviadas ao RS de 20 de julho para cá chegaram cerca de 500 mil a menos. Mesmo assim, tivemos um empenho das equipes dos municípios para que pudéssemos avançar na vacinação, o que pode ser observado no balanço de municípios. A boa notícia é que ficamos muito próximos da meta em todo o Estado: 86,3% da população de 18 anos ou mais já recebeu ao menos a primeira dose. É um percentual expressivo e se aproxima das melhores prescrições para imunização da população”, apontou Leite.

O governo estadual relata que, do início da campanha de imunização até o dia 20 de julho, quando foi enviada a 31ª remessa, o percentual destinado ao Rio Grande do Sul ficava em torno de 6% do total geral de vacinas distribuídas pelo governo federal a todos os Estados. A partir da 32ª remessa, que chegou ao RS em 1º de agosto, o percentual de doses foi reduzido para cerca de 4%, permanecendo assim nas 10 remessas seguintes. O Rio Grande do Sul recebeu e distribuiu aos municípios 7.692.442 doses para uma população vacinável de 8.887.920, ou seja, 87% do total. Segundo o Estado, se o percentual de doses enviadas ao RS tivesse sido mantido, o Estado teria distribuído 93% do total de doses para atender a população vacinável.

Para o coordenador da 6ª CRS, Marcelo Pacheco, o atraso em relação à meta estadual também pode ser atribuído ao errôneo índice populacional de cada município gaúcho que consta no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “O que ocorre é que os dados do IBGE, usados para estimar a população e calcular o número de doses a serem enviadas, estão defasados. Algumas faixas etárias têm um número maior de pessoas do que tinha no IBGE, então o verdadeiro quantitativo populacional era maior que do que as doses que foram enviadas”, observa.


Redistribuição de doses

Para garantir o melhor aproveitamento da campanha de imunização gaúcha, a SES tem acompanhado o processo junto aos municípios e está fazendo redistribuição de doses entre as cidades – das que já vacinaram toda a população para aquelas que ainda têm público vacinável aguardando –, além de distribuir mais doses para quem precisa mais.

Mesmo aqueles que ainda não finalizaram a imunização da população vacinável seguem em ritmo acelerado. O dado é móvel, ou seja, a todo instante as prefeituras estão atualizando as informações e oficializando o Estado. “Os municípios que não chegaram à meta seguirão recebendo doses. Todos terão oportunidade de prosseguir e alcançar a meta, que não é só iniciar os 18 anos, mas completar as metas populacionais de cada faixa etária. Então, temos de chegar aos 18 anos, fazer busca ativa de quem não recebeu a segunda dose, e fazer busca ativa de quem, por alguma resistência ou situação momentânea, não tenha recebido a primeira dose”, detalhou Ana Costa.

A SES ainda aguarda a orientação técnica do Ministério da Saúde a respeito da aplicação da terceira dose da imunização e da vacinação de adolescentes. A partir do documento oficial, será possível divulgar os cronogramas e os próximos passos.


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