O Ministério da Saúde anunciou, na quinta-feira (02), que a imunização de adolescentes, entre 12 e 17 anos, deve começar no dia 15 de setembro, a partir do envio de novas doses. A pasta também recomenda uma ordem de prioridades. “Primeiro, devem ser vacinadas adolescentes com deficiência permanente e, em seguida, quem tem comorbidades previstas no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO). Após esses dois grupos, a prioridade é de gestantes e puérperas, entre 12 e 17 anos, adolescentes privados de liberdade e por fim, adolescentes sem comorbidades”, explica o comunicado.
Em Passo Fundo, por enquanto, apenas os adolescentes dos primeiros grupos serão vacinados. O município aguarda pactuação da Comissão Intergestores Bipartite (CIB). “Ainda sem previsão de doses para este público”, disse a secretária Cristine Pilati sobre a vacinação do público sem comorbidades.
Terceira dose
Apenas a vacina da Pfizer/BioNTech pode ser utilizada para a vacinação dos adolescentes, pois é a única autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para essa faixa etária. A orientação é de que a vacina da Pfizer também seja utilizada preferencialmente para a terceira dose de pessoas com mais de 70 anos e imunossuprimidos, também a partir do dia 15. O Ministério garante que com a chegada de mais doses da Pfizer até o fim de setembro, haverá doses suficientes para esses dois públicos.
Prioridade
A prioridade, se deve ocorrer primeiro a aplicação de terceiras doses ou a vacinação dos adolescentes, ainda é debatida. O professor da UPF Luiz Carlos Kreutz, doutor em Virologia, no final de agosto em entrevista ao ON defendeu a prioridade de vacinação dos adolescentes. “ Para que possam voltar a suas atividades normais o mais cedo possível. O pessoal já está indo para as escolas, então teríamos que dar um jeito para vacinar todos, até porque eles podem se contaminar e trazer o vírus para dentro de casa”, argumenta o especialista.
A opinião se baseia no fato de que as pessoas vacinadas já desenvolveram imunidade ou estão desenvolvendo. “Caso entrem em contato com o vírus, as chances de terem uma forma grave da doença é menor do que as pessoas que ainda não foram imunizadas”, destaca. A recomendação do professor é de que após todos serem vacinados com duas doses, que siga para a terceira, “ou, ainda, para revacinação anual utilizando vacinas produzidas com a forma variante do vírus prevalente”, explica.
A decisão do Ministério da Saúde pela aplicação da terceira dose considera o aumento da resposta imune do organismo após a aplicação de uma nova dose, principalmente na população mais vulnerável aos sintomas mais graves da doença, conforme a pasta.