MEDICINA & SAÚDE - Setembro Amarelo: agir para salvar vidas

(*) Clara Ester Trahtman

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Clara Ester Trahtman é médica psiquiatra e conselheira da AMRIGS (Foto - Leandro Rodrigues-Divulgação/AMRIGS)Clara Ester Trahtman é médica psiquiatra e conselheira da AMRIGS (Foto - Leandro Rodrigues-Divulgação/AMRIGS)
Clara Ester Trahtman é médica psiquiatra e conselheira da AMRIGS (Foto - Leandro Rodrigues-Divulgação/AMRIGS)
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O suicídio é um assunto difícil, que nos coloca frente às limitações humanas, de desesperança e da morte. Os fatores importantes de risco são: desesperança, desespero, desamparo e impulsividade, assim como tentativas prévias e doença mental. 

Suicídio é a morte de si mesmo! É um ato deliberado executado pelo próprio indivíduo, cuja intenção seja a morte, de forma consciente e intencional, mesmo que ambivalente, usando um meio que ele crê que seja mortal. No Brasil ocorrem aproximadamente 13 mil suicídios todos os anos e 1 milhão/ano no mundo.


Prevenção

Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria- ABP em parceria com o Conselho Federal de Medicina-CFM, organiza nacionalmente o Setembro Amarelo. Dia 10 de Setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a campanha segue durante todo o ano! Das pessoas que cometem suicídio 96,8% estavam relacionados a transtornos mentais e os mais frequentes são: depressão (por sua alta prevalência é a que está mais associada ao suicídio 60 a 80%), transtorno bipolar, uso de álcool e outras drogas (que podem aumentar a impulsividade), transtornos de personalidade, esquizofrenia até 10% cometem suicídio, etc. O risco aumenta em pacientes com várias comorbidades.


Cuidados emocionais

O objetivo é ajudar pessoas que já pensaram em se matar ou tentaram fazê-lo e aquelas que vivenciaram o suicídio ou tentativas do mesmo de pessoas próximas e também promover a saúde mental. Os enlutados pelo suicídio de entes queridos frequentemente necessitam de cuidados emocionais para prevenção de complicações do processo de luto por sentimentos frequentes de culpa que esta situação desperta.


Comportamento 

Devemos ficar atentos ao comportamento suicida: pensamentos, planos e tentativas de suicídio. O tratamento adequado é indispensável para que as pessoas voltem a viver bem e percebam outras formas de resolver seus problemas e aliviar seu sofrimento. A AMRIGS apoia a ABP e o CFM nesta campanha e é muito importante o apoio de toda a sociedade! Todos juntos buscando uma melhor forma de abordar o suicídio!


(*) Clara Ester Trahtman é médica psiquiatra e conselheira da AMRIGS


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