MEDICINA & SAÚDE - Sintomas, riscos e prevenção à trombose

Especialista explica sobre quais os fatores que ajudam a desencadear a doença

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· 2 min de leitura
(Foto - Maksim Goncharenok- Pexels)(Foto - Maksim Goncharenok- Pexels)
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A trombose venosa caracteriza-se pela formação e presença de coágulo dentro de uma veia, sendo mais comum nos membros inferiores. Na quinta-feira, 16 de setembro, foi comemorado o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose Venosa Profunda. O Dr. Alexandre Bueno da Silva, cirurgião vascular e endovascular do corpo clínico do Hospital de Clínicas de Passo Fundo, explica sobre os fatores e cuidados relacionados com essa doença. Um tema de grande importância, pois os índices de mortalidade e morbidade causados pelas TVPs - Tromboses Venosas Profundas são bem elevados.


Quais os principais fatores de risco para trombose?

Qualquer pessoa pode desenvolver trombose, mas existem alguns fatores que ajudam a desencadear. Os principais fatores de risco para trombose venosa são: idade avançada, uso de anticoncepcional, terapia de reposição hormonal, varizes, imobilidade, gestação e puerpério, obesidade, infecções, doença inflamatória intestinal, insuficiência cardíaca, traumatismos, cirurgias, doença neoplásicas e trombofilias (congênitas ou adquiridas), trombose venosa prévia e tabagismo.


Quais os sintomas mais comuns?

Os sintomas variam dependendo da localização da trombose, sendo mais frequentemente acometidas as veias da musculatura da panturrilha, ou seja, da perna. A dor é o principal sintoma, que poder vir acompanhada de inchaço, aumento da sudorese da pele e aumentos das veias do pé e da perna. Quando a trombose acometer as veias mais proximais, normalmente a dor vem acompanhada de um importante inchaço.


Qual a importância do diagnóstico rápido?

A importância do diagnóstico rápido se dá principalmente para tentarmos evitar a principal complicação da trombose que é a embolia pulmonar, que quando presente pode ser fatal em até 10% dos casos. Outra complicação que pode acometer o paciente é a síndrome pós-trombótica, situação que poderá vir a causar feridas nas pernas no futuro.


Quais as principais orientações para prevenção? 

Primeiramente, manter-se ativo. Quanto mais movimentar-se, melhor, principalmente as pernas. Em algumas situações como cirurgias, uso de reposição hormonal e anticoncepcional, a sugestão é discutir previamente com seu médico. Outras medidas que auxiliam é elevar as pernas em ângulos de 15 a 20 graus para melhor retorno do sangue e o uso de meias-elásticas. Outras situações importantes são as viagens de avião e longas viagens de ônibus ou de carro, quando sugerimos sempre o uso de meias-elásticas, movimentação das pernas, evitar cruzar as pernas e se possível dar uma caminhada. Em alguns casos pode se usar medicamentos, mas em situações especiais a serem discutidas com o seu médico.


Dr. Alexandre Bueno da Silva é cirurgião vascular e endovascular, membro do corpo clínico do Hospital de Clínicas de Passo Fundo, preceptor da Residência em Cirurgia Vascular UFFS/HC, professor da UFFS e mestre em Cirurgia Vascular pela UFRGS. (Foto – Divulgação-HCPF)


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