Acolher as mulheres, fortalecer o vínculo entre mães e filhos e reduzir a mortalidade infantil são objetivos do programa ‘Meu Bebê, Meu Tesouro’, criado pela Prefeitura em 2013. Uma nova versão do programa foi apresentada hoje (07), ela irá reestruturar e ampliar as ações a fim de que mais mulheres sejam incluídas e acompanhadas.
O programa continuará oferecendo encontros mensais para orientações em relação à gravidez, amamentação e cuidados com o bebê, consultas e visitas domiciliares, atendimento em casos de gestação de risco e problemas de saúde da criança e kit de enxoval para o bebê. As novidades são o kit de estímulo ao vínculo e educação, com livro do bebê, livro de história e livro de banho, chá de bebê, salão de beleza e fotografia artística no Dia da Gestante e a disponibilização de um táxi para a mãe na saída da maternidade para o domicílio.
Na apresentação, o prefeito Pedro Almeida considerou o ‘Meu, Bebê Meu Tesouro’ uma ferramenta necessária de promoção da vida. “Estamos anunciando novos serviços, que foram construídos junto com a Secretaria de Saúde e que ajudarão muitas mulheres em um momento de sensibilidade”, avaliou.
As novas ações vão ao encontro do cuidado integral com as gestantes, conforme a Secretária de Saúde, Cristine Pilati. “O programa é voltado ao fortalecimento dos laços profundos do binômio mãe e filho, atendendo gestantes em vulnerabilidade e impactando diretamente na redução na mortalidade. A mortalidade infantil é um dos principais problemas enfrentados no Brasil e a solução está em implantar políticas públicas efetivas, ampliando e fortalecendo a rede primária de saúde”, enfatizou.
Vanessa Schafer Pomocena é uma das 2,7 mil mulheres que já passaram pelo programa, ela foi assistida entre 2013 e 2014. “O ‘Meu Bebê, Meu Tesouro’ ajudou muito na época. Eu descobri que estava grávida aos sete meses e o programa foi fundamental pelas orientações. Eu também estava desempregada e o enxoval com o que a Emanueli precisava veio praticamente dali”, contou.
Para o vice-prefeito, João Pedro Nunes, os novos serviços representam avanços para a saúde pública. “Uma cidade que é polo em saúde tem que ter esse compromisso de qualificar a vida da sua gente com engajamento e solidariedade”, disse.
Presente no lançamento das novas ações, o vereador e médico Alberi Grando também reconheceu a proposta “Sempre digo que o investimento na gestante e na criança é o que mais sucesso tem”, declarou.
O cadastramento das mulheres no programa deve ser realizado, preferencialmente, em até 20 semanas de gestação àquelas que realizam o pré-natal pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Além das ações durante a gravidez, o acompanhamento é realizado até a criança completar um ano.
Redução das taxas de mortalidade
A taxa de mortalidade infantil expressa o número de crianças que morrem antes de completar 1 ano de vida a cada mil nascidas vivas. Segundo informações do Ministério da Saúde, grande parte dos óbitos na infância ocorre no primeiro mês. Sendo assim, existe uma elevada relação das causas perinatais como a prematuridade, o que evidencia a importância dos cuidados durante a gestação, o parto e o pós-parto por meio de assistência em saúde e educação.
Segundo o município, conforme número de gestantes acompanhadas cresceu, as taxas de mortalidade infantil caíram. “No ano de 2013, com 217 cadastros, a taxa de mortalidade era de 12,9; em 2015, quando foi registrada a maior quantidade de atendimentos, com 483 mulheres acompanhadas, o índice de mortalidade infantil foi de 8,62, inferior ao que a Organização Mundial da Saúde tem como meta, que é 12. Esses números reforçam a importância de investirmos no programa, buscando inserir as mulheres nas ações”, identificou Cristine.