Desde ontem (18), quando entrou em vigor os novos protocolos de enfrentamento à pandemia no Estado, a apresentação da comprovação de imunização contra o coronavírus e a testagem, em algumas situações específicas, se tornou obrigatória para eventos classificados de alto risco de contágio no contexto da crise sanitária.
As novas regras, mais flexíveis, foram incluídas no Diário Oficial do Estado ainda no começo de outubro e atingem cinco grupos de atividades: competições esportivas; eventos infantis, sociais e de entretenimento; cinemas, teatros, shows e demais ambientes de espetáculo; feiras, exposições e congressos corporativos; e parques de diversão, temáticos, aquáticos e de aventura, jardins botânicos, zoológicos e outros atrativos turísticos. Com o prazo de transição outorgado pelo governo gaúcho, para a organizações dos setores, encerrado no domingo (17), o documento que comprova o recebimento de, pelo menos, uma dose da vacina deverá ser apresentado na entrada destes locais.
Embora não tenha sido criado um passaporte ou documento específico pelo Estado, os gaúchos poderão demonstrar que tiveram o imunizante aplicado a partir do registro na caderneta pessoal de vacinação com carimbos das vacinas Pfizer/Sinovac, Butantan/Coronavac, Astrazeneca/Fiocruz ou Janssen, conforme calendário estabelecido pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), ou através do Comprovante de Vacinação Oficial, expedido pela plataforma do Sistema Único de Saúde (SUS), Conecte SUS.
Calendário
A princípio, esclareceu o governo do Estado, apenas as pessoas com mais de 40 anos deverão atestar o esquema vacinal completo. Isso porque o calendário foi estruturado por faixas etárias levando em consideração o próprio cronograma de vacinação da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Quem tem de 30 a 39 anos, neste primeiro momento, deverá comprovar a primeira dose ou dose única. Somente a partir de 1º de novembro deverá ter o esquema de imunização completo, enquanto que as pessoas de 18 a 29 anos deverão comprovar a primeira dose ou dose única neste primeiro momento e apresentar o comprovante com duas doses ou dose única somente a partir de 1º de dezembro.
Crianças
Crianças poderão frequentar estes locais, assim como quem tiver alguma contraindicação para a imunização contra o coronavírus. Neste caso, explicou o comunicado emitido pelo Piratini, um laudo médico deverá ser apresentado na entrada.
Sanções
Entre as sanções aplicáveis em casos de descumprimento de normas sanitárias estão advertência, interdição e multa, podendo chegar, nos casos mais graves, a R$ 1,5 milhão. Ainda assim, mencionou o secretário municipal de Segurança Pública de Passo Fundo, João Darci Gonçalves, a responsabilidade de exigir os documentos comprobatórios é dos proprietários de cada estabelecimento. “Vamos fazer a fiscalização nestes locais da mesma forma que já vínhamos fazendo, em termos estruturais, através da Força Tarefa”, afirmou.
Testagem
Em locais cuja capacidade de público foi ampliada, como eventos infantis, sociais e de entretenimento em buffets, casas de festas, casas de shows, casas noturnas, restaurantes, bares, cinemas e similares com público de 401 a 800 pessoas, a testagem negativa para a doença também passou a ser exigida com coleta de swab nasal, que pode ser tanto com teste rápido de antígeno, ou RT-PCR até 72 horas antes da ida aos locais.
Turismo já contabiliza alta
O avanço no cronograma de imunização contra o coronavírus, que já registra 57% dos passo-fundenses com o esquema vacinal completo e 74,8% com a primeira dose, e a reabertura gradual dos limites fronteiriços em diversos países voltaram a estimular o setor turístico para o final do ano.
Após mais de um ano com a demanda represada, algumas empresas do ramo no município já contabilizam um alta de 95% na busca por pacotes de viagem. “Teve um acréscimo bem significativo. A demanda está sendo muito grande em relação à disponibilidade”, comentou a diretora de uma destas agências de viagens, Bruna Lago Busato, ao alertar que as companhias aéreas e hotéis estão operando com a capacidade reduzida.
A preferência, segundo ela, é pelos destinos domésticos uma vez que alguns países ainda possuem restrições de entrada aos brasileiros e adoção de protocolos próprios, semelhante ao passaporte de vacinação em vigor no Rio Grande do Sul. Além da compra dos bilhetes e reserva dos quartos, a remarcação das passagens compradas no período agudo da pandemia também está sendo intermediada junto companhias. “Tem casos que está na 5ª remarcação para fazer o gerenciamento”, contou.