Programa ‘Meu Bebê, Meu Tesouro’ dá atenção integral a 240 gestantes e seus bebês

Iniciativa da Prefeitura tem como premissa acolher mulheres e crianças até um ano a fim de reduzir a mortalidade infantil

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Foto: Diogo Zanatta/PMPFFoto: Diogo Zanatta/PMPF
Foto: Diogo Zanatta/PMPF
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O programa Meu Bebê, Meu Tesouro, da Prefeitura de Passo Fundo, busca acolher e fortalecer o vínculo entre mães e filhos para reduzir a mortalidade infantil. Atualmente, 240 mulheres estão sendo acompanhadas. Desde o início do programa, em 2013, já foram mais de 3 mil atendidas. Nesta terça-feira (14), foi promovido um encontro com gestantes cadastradas com o objetivo de dar orientações e entregar os kits do programa, que contêm um enxoval para os bebês, e também as fotos do ensaio fotográfico feito com cada uma. A psicóloga Desiré Pauletti também conversou com as gestantes sobre aspectos psicológicos da gestação e pós-parto.

Maria Eduarda Barea, grávida de oito meses, está entre as participantes do programa. Ela enfatiza como o Meu Bebê, Meu Tesouro tem feito a diferença. “Eu pensei que jamais iria passar por essas coisas, desde poder tirar foto até vir em um evento como esse. Eu não teria condições de fazer tudo o que o programa está me proporcionando”, afirmou.

O programa passou por uma transformação neste ano, com a inclusão de mais ações. O prefeito, Pedro Almeida, descreve o ‘Meu, Bebê Meu Tesouro’ como uma ferramenta necessária de promoção da vida e que, dessa forma, deve receber atenção especial. “A maternidade é, sem dúvida, um momento sensível. A Prefeitura, por meio da rede de saúde, está ao lado das mulheres, oferecendo suporte a elas e aos bebês”, avaliou.

A mortalidade infantil é um dos principais problemas vividos no Brasil e, para enfrentá-lo, a Prefeitura criou o ‘Meu Bebê, Meu Tesouro’. Com o cadastramento das gestantes que apresentam algum fator de risco, as mães recebem acompanhamento pré-natal e durante o primeiro ano de vida do bebê, com todos os cuidados necessários.

Por intermédio das unidades de saúde, o programa oferece encontros mensais para orientações em relação à gravidez, amamentação e cuidados com o bebê, consultas e visitas domiciliares e atendimento em casos de gestação de risco e problemas de saúde da criança. Além disso, disponibiliza às mães um kit de enxoval para o bebê com vários itens, salão de beleza e fotografia artística no Dia da Gestante, transporte na saída da maternidade para o domicílio e cestas básicas durante três meses após o nascimento.

De acordo com a secretária de Saúde, Cristine Pilati, a iniciativa caminha ao encontro do cuidado integral com as gestantes. “O programa é voltado ao fortalecimento dos laços profundos do binômio mãe e filho, atendendo gestantes em vulnerabilidade e impactando diretamente na redução na mortalidade. A mortalidade infantil é um dos principais problemas enfrentados no Brasil e a solução está em implantar políticas públicas efetivas, ampliando e fortalecendo a rede primária de saúde”, enfatizou.


Programa e redução das taxas de mortalidade

A taxa de mortalidade infantil expressa o número de crianças que morrem antes de completar 1 ano de vida a cada mil nascidas vivas. Segundo informações do Ministério da Saúde, grande parte dos óbitos na infância ocorre no primeiro mês. Sendo assim, existe uma elevada relação das causas perinatais como a prematuridade, o que evidencia a importância dos cuidados durante a gestação, o parto e o pós-parto por meio de assistência em saúde e educação.

Em Passo Fundo, o programa ‘Meu Bebê, Meu Tesouro’ tem contribuído de forma efetiva com a queda das taxas de mortalidade infantil. Conforme o número de gestantes acompanhadas cresceu, o índice caiu. “No ano de 2013, com 217 cadastros, a taxa de mortalidade era de 12,9; em 2015, quando foi registrada a maior quantidade de atendimentos, com 483 mulheres acompanhadas, o índice de mortalidade infantil foi de 8,62, inferior ao que a Organização Mundial da Saúde tem como meta, que é 12. Esses números reforçam a importância de investirmos no programa, buscando inserir as mulheres nas ações. Estamos no caminho certo”, identificou Cristine.

O cadastramento das mulheres no programa deve ser realizado, preferencialmente, em até 20 semanas de gestação àquelas que realizam o pré-natal pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Além das ações durante a gravidez, o acompanhamento é realizado até a criança completar um ano.

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