Quanto mais cedo uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) for descoberta, mais ágil será a eficácia do tratamento. Hoje, todas as unidades de saúde do município e o Serviço de Atendimento Especializado (SAE), oferecido pela Prefeitura de Passo Fundo, disponibilizam testes rápidos e gratuitos para HIV, sífilis e hepatites B e C.
De acordo com a secretária de Saúde, Cristine Pilati, além de estimular o diagnóstico precoce, o acesso fácil aos testes favorecem o tratamento. “Quando o resultado é positivo para qualquer uma das infecções sexuais, o paciente já é acolhido pelas equipes de saúde. Para todas as infecções, há tratamento gratuito e acompanhamento médico oferecidos pelas unidades de saúde”, afirma.
A orientação para a população geral é que os testes rápidos sejam feitos uma vez ao ano. Contudo, conforme explica a enfermeira-coordenadora do SAE, Seila de Abreu, há casos específicos em que o período indicado é menor. “Todas as pessoas que tiveram relação sexual desprotegida devem fazer a testagem. Além disso, para a população mais vulnerável, que são profissionais do sexo e usuários de drogas, por exemplo, a recomendação é a cada seis meses”, considera.
HIV: diagnóstico e tratamento
A transmissão do HIV acontece, principalmente, por meio de relações sexuais desprotegidas. Também pode ocorrer pelo compartilhamento de seringas, materiais perfurocortantes contaminados e não esterilizados e pela transmissão vertical durante a gravidez, parto e/ou amamentação, quando não tomadas as devidas medidas de prevenção. Em Passo Fundo, são notificados anualmente cerca de 80 casos de residentes da cidade.
O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) é o vírus causador da Aids. No entanto, ter o vírus não significa que a pessoa desenvolverá a doença, que ataca células específicas do sistema imunológico (os linfócitos T-CD4+), responsáveis por defender o organismo contra doenças.
Não existe vacina ou cura para infecção pelo HIV, mas há tratamento. Conforme Seila, o acompanhamento é fundamental para garantir a saúde do paciente. “Hoje, com os avanços, podemos dizer que uma pessoa portadora do HIV consegue ter uma vida mais normal possível. Mas, para isso, é necessário adotar hábitos saudáveis e fazer o uso da medicação contínua para que a carga viral fique indetectável e as defesas estejam boas”, explica.
Há confirmação, baseada em evidências científicas, de que o risco de transmissão do HIV a partir de uma pessoa vivendo com HIV/Aids, que esteja em terapia antirretroviral e conseguiu uma carga viral indetectável no sangue por pelo menos 6 meses é negligenciável ou inexistente. Isso significa que uma carga viral indetectável não protege somente a saúde do soropositivo, mas também impede novas infecções.