MEDICINA & SAÚDE | Como manter em forma a saúde mental

Lidar com o estresse cotidiano e ter boas condições para reagir às exigências da vida atual estão ligados à saúde mental

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Foto: Gerd Altmann/PixabayFoto: Gerd Altmann/Pixabay
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A saúde mental nunca esteve tão em alta, especialmente em época de pandemia. Mas afinal, o que é saúde mental? Ela está relacionada com a capacidade e o estado de bem-estar que o indivíduo possui para lidar com o estresse cotidiano e com as boas condições emocionais para reagir às exigências da vida atual. Estar provido de saúde mental é aceitar a realidade em que a pessoa vive diante do seu próprio contexto de vida, estabelecendo bom relacionamento com os outros. E nesse sentido, a campanha Janeiro Branco chama a atenção para as questões ligadas a esse tema.


A saúde mental e o cotidiano

A saúde mental pode afetar o indivíduo de várias maneiras. Cansaço excessivo, tanto físico como mental, dores de cabeça, pressão alta, alteração no apetite, insônia, dificuldade de concentração, ansiedade, alteração no humor e depressão são algumas das formas. “Quanto mais estressados e ansiosos vivemos, mais probabilidade de desenvolvermos doenças, porque nossas defesas ficam fragilizadas. O ser humano é um todo e precisa ser percebido de forma integral como um sistema: se desequilibra de um lado, prejudica o outro lado”, destaca a psicóloga do Centro de Tratamento do Câncer (CTCAN), Susie Graziottin Noschang. Já é sabido e tem sido estudado que o estado emocional afeta o sistema imunológico. “A ansiedade e o estresse da vida cotidiana ou eventos esperados ou inesperados podem afetar as pessoas emocionalmente interferindo diretamente na homeostase do organismo, alterando a liberação de hormônios, influenciando os neurotransmissores e outros componentes bioquímicos que afetam as nossas células de defesa, podendo, dessa forma, comprometer a nossa imunidade, gerando sintomas físicos e emocionais”, explica Susie, salientando que, quando necessário, as pessoas procurem acompanhamento psicológico.


A pandemia e seus efeitos na saúde mental

A pandemia tem afetado a saúde emocional de todas as pessoas em maior ou menor grau. “As pessoas ficaram com muito medo, se sentindo inseguras e ansiosas com relação ao desconhecido e com a falta de recursos e ferramentas adequadas para lidar com o vírus. Com a vacina, esses medos estão sendo minimizados, mas ainda se percebe muitos danos em relação à saúde mental pela pandemia. O isolamento e o distanciamento social causaram um prejuízo muito grande e de vários aspectos: emocionais, alimentares, físicos e sociais”, aponta a psicóloga. O medo e a ansiedade podem ser potenciais no adoecimento ou na prevenção da saúde mental. “Se usarmos a nosso favor, eles podem ser protetores nos deixando mais alertas e atentos quanto aos perigos, ou do contrário, eles podem ser paralisantes diante dos obstáculos nos prejudicando emocional e fisicamente”, comenta Susie, enfatizando que é preciso utilizar esses fatores como forma de prevenção.


A saúde mental em dia

A saúde mental não quer dizer apenas ausência de doenças ou enfermidades, e sim um estado de bem-estar físico, mental, social e espiritual. Segundo a psicóloga, estar focado e vivendo o momento presente, auxilia o indivíduo a diminuir suas preocupações diante dos fatos que não podem ser modificados do passado e alivia a ansiedade relacionada ao futuro incerto. “Isso proporciona mais tranquilidade e leveza para planejar a vida e segui-la em frente, fazendo projetos mais reais e possíveis de serem realizados no futuro. Sonhar é preciso, mas saber o caminho que precisa ser percorrido para realizar o sonho é essencial para alcançar bons resultados”, ressalta Susie.



Seis dicas importantes


1 - Viver o momento presente.

2 - Olhar para o seu próprio contexto e realidade.

3 - Buscar o autoconhecimento para ampliar a sua percepção e consciência de si.

4 - Buscar o autocuidado físico, emocional, mental e espiritual.

5 - Realizar atividade física, cuidar da alimentação, das emoções e da alma.

6 - Estabelecer relações boas e equilibradas entre o dar e receber.


Psicóloga Susie Graziottin Noschang (Foto – Divulgação-CTCAN)


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