MEDICINA & SAÚDE | Cuidado com as cenas de violência em filmes e seriados

Sucesso do seriado Round 6, no qual constam cenas de violência relacionadas a brincadeiras infantis, acendeu o sinal de alerta entre os médicos

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Foto - Vidmir Raic-PixabayFoto - Vidmir Raic-Pixabay
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Imagens e cenas de filmes e seriados que são inapropriados podem repercutir no emocional das crianças e em comportamentos inadequados. A preocupação da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul não é nova, mas o tema voltou à pauta diante do sucesso de seriados recentes na televisão brasileira, especialmente os veiculados em canais de streaming. Em nota, a Sociedade Brasileira de Pediatria reiterou de forma veemente sua posição contrária à disseminação de conteúdos desalinhados à classificação indicativa de faixa etária. O posicionamento ocorreu após a demonstração pública de preocupação de pais e responsáveis sobre duas séries veiculadas pela plataforma de streaming Netflix que estavam desalinhadas à faixa etária recomendada: “Round 6” e "Um Conto Sombrio dos Grimm".


Temas inadequados

A literatura científica internacional é categórica ao afirmar que o acesso de crianças e adolescente aos programas que contenham violência extrema, conteúdo sexual ou uso drogas lícitas ou ilícitas, entre outros temas inadequados, “podem causar efeitos ainda mais danosos sobre aqueles que convivem com alguma predisposição decorrente do ambiente desfavorável em que vivam”. Após críticas, a série sul-coreana “Round 6”, por exemplo, teve sua indicação etária reclassificada de 16 anos para maiores de 18.


Flexibilização

Na nota, a entidade também demonstra preocupação com as consequências da flexibilização da Classificação Indicativa, “decretada em sentença do Supremo Tribunal Federal, em 2016, quando declarou inconstitucional o dispositivo do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que estabelecia multa e suspensão aos meios que exibem programas em horário diverso do autorizado pela classificação indicativa”. E enfatiza, ainda, que com “essa sentença, as crianças e os adolescentes ficaram dependentes exclusivamente do bom senso das emissoras de TV e plataformas de streaming”.


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