Duas cidades da região já reportaram casos da variante Ômicron

Aumento dos casos confirmou transmissão comunitária do vírus no Estado

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Variante é caracterizada pela rápida transmissibilidade em relação às demais cepas detectadas (Foto: Pixabay)Variante é caracterizada pela rápida transmissibilidade em relação às demais cepas detectadas (Foto: Pixabay)
Variante é caracterizada pela rápida transmissibilidade em relação às demais cepas detectadas (Foto: Pixabay)
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Dos 62 municípios que integram a zona de abrangência da 6ª Coordenadoria Regional de Saúde (6ª CRS), Carazinho e Sarandi já reportaram casos da variante Ômicron ao Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), que declarou a transmissão comunitária do vírus na sexta-feira (7). 

Isso significa que os contágios entre as pessoas ocorrem no mesmo território, sem que os pacientes adoecidos tenham algum histórico de viagem ou sem que seja possível definir a origem da transmissão, segundo explicou a Secretaria Estadual de Saúde (SES). 

Em Carazinho, disse a secretária municipal de Saúde, Anelise Schell Almeida, a confirmação ocorreu em uma profissional da saúde residente no município, mas que se desloca para atendimentos em outra cidade. “Ela está bem. Estamos fazendo mutirão de testagem com cerca de 70 casos positivos todos os dias. Aumentou muito a partir do dia 3, com muitas pessoas voltando da praia positivadas”, relatou ao jornal O Nacional. “A transmissão é muito rápida. As festividades de final de ano estão repercutindo agora”, considerou Anelise. 

A declaração também foi um alerta emitido pela SES para a necessidade de reforçar as medidas sanitárias diante do expressivo aumento nos casos da doença no Estado que, até a segunda-feira (10) contabilizava 255 casos confirmados ou sugestivos para essa linhagem em 34 municípios ou em visitantes testados no Rio Grande do Sul. Entre esses casos identificados, 21 foram confirmados por sequenciamento completo, considerado o método mais preciso pelo qual é feita a leitura de toda a cadeia genômica do vírus, conforme o comunicado da Secretaria Estadual de Saúde. 

Os demais 228 são considerados sugestivos, caracterizados pelas amostras que tiveram o diagnóstico pelo exame de RT-PCR que identifica parcialmente a variante ou aqueles casos em que foram confirmados por serem de pessoas com sintomas e que sejam contato desses casos potenciais. 


Aumento na proporção dos casos

De acordo com a observação da SES, “foi perceptível um aumento na proporção de Ômicron para as demais variantes nos últimos dias” nas amostras analisadas no Laboratório Central do Estado (Lacen/RS). 

No local, que realiza a testagem para a identificação das linhagens do SARS-CoV-2, em 41 amostras coletadas entre 21 e 31 de dezembro, 80% foram sugestivas para a variante identificada na África do Sul e apontada como a responsável pelo súbito aumento de casos em vários países. No mesmo número de testes coletados entre 2 e 4 de janeiro, a proporção já passou para 95%, apontou o relatório da pasta. 

Além do Lacen/RS, outros laboratórios no Estado já têm capacidade para essa análise sugestiva ou para o sequenciamento completo das coletas encaminhadas pelos municípios gaúchos, como o Centro de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, a Universidade Feevale, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que está confirmando as cidades das 111 amostras remetidas, e Hospital Moinhos de Vento. Todos, pontuou a SES, realizam a testagem dos casos por amostragem, já que por ser um exame mais complexo e com insumos mais específicos, não há capacidade para quem sejam analisadas todas as amostras de pessoas com Covid-19.

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