Em caso raro, bebê nasce envolvido por bolsa amniótica no HSVP

Caso pode ocorrer em 1 a cada 80 mil nascimentos

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Lorenzo nasceu empelicado, de 34 semanas (Foto: Divulgação/HSVP) Lorenzo nasceu empelicado, de 34 semanas (Foto: Divulgação/HSVP)
Lorenzo nasceu empelicado, de 34 semanas (Foto: Divulgação/HSVP)
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O nascimento de um filho é sempre algo único para os pais. Para Tatiana e Daniel Carraro a emoção foi em dose dupla: na última sexta-feira, 7 de janeiro, os dois comemoraram a chegada dos gêmeos Heloísa e Lorenzo. Os bebês nasceram de 34 semanas, em um parto tranquilo. A menina veio primeiro, às 18h36min. Lorenzo nasceu três minutos depois que a irmã, trazendo uma grande surpresa para os pais e toda a equipe do Centro Obstétrico do Hospital São Vicente de Paulo de Passo Fundo: ele estava dentro da bolsa amniótica. 

Conhecido como parto empelicado, o caso é considerado raro e pode acontecer em 1 a cada 80 mil nascimentos. Dessa forma, o bebê nasce envolvido pelas membranas cório-amnióticas, uma espécie de "película" fina e transparente. "Ele se mexendo era como se fosse dentro da barriga mesmo… Nós não temos noção de como eles ficam lá dentro e ver ele nascer dessa forma, foi como ver ele lá dentro ainda. Tudo ocorreu melhor do que esperávamos", celebra a mãe, Tatiana Aparecida de Conto Carraro, que segue internada em recuperação na Maternidade do HSVP. 

O momento também foi especial para Daniel Carraro, que acompanhava o nascimento dos filhos. "Nossa surpresa começou quando soubemos que eles viriam antes. Esperávamos para o dia 21, mas viemos para uma consulta médica e já recomendaram a cesárea. Quando a Heloísa saiu primeiro, ela quase veio empelicada. Já o Lorenzo saiu totalmente. E eu comecei a filmar... Fiquei muito feliz em ver isso, não tinha noção do quanto era raro". 

 Os partos com bebês empelicados podem acontecer em casos de cesariana, gemelaridade e prematuridade, de forma natural e sem riscos para a mãe e o bebê. Não existe como prever um nascimento desse tipo, já que ele não depende da vontade da mãe ou equipe médica, como conta a Dra. Hellen Portelinha, ginecologista e obstetra do Corpo Clínico do Hospital São Vicente de Paulo de Passo Fundo, que atendeu a família: "normalmente é obtido com uma extração fetal mais delicada. Esse parto foi muito especial para a família e para a equipe obstétrica, pois mostra a delicadeza da vivência do bebê dentro do útero". 



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