"Chegou a hora e, então, viemos fazer. Ele tem bronquite asmática e qualquer coisa intensifica os sintomas", disse Francieli Regina Nascimento, mãe do Rian, de 11 anos, que é uma das crianças vacinadas contra a Covid-19.
A cobertura vacinal das crianças iniciou nesta quarta-feira e terá sequência com a ampliação do grupo. No próximo sábado (22), das 8h às 13h, na Central de Vacinas, poderão receber a primeira dose as crianças com 9 e 10 anos que possuem comorbidades.
De acordo com a secretária de Saúde, Cristine Pilati, o cronograma é definido e informado tendo em vista quantitativo de doses disponíveis. "Recebemos 1.010 doses do governo estadual, que serão usadas para o grupo com comorbidades. Além disso, vieram 30 doses para as crianças indígenas, cujo processo de aplicação acontece paralelamente", afirma.
Serão vacinadas crianças com alguma doença como hipertensão, diabetes ou asma, além das imunossuprimidas. Será necessário apresentar cartão SUS, carteirinha de vacinação e atestado médico ou receitas de medicamentos de uso contínuo para comprovar a condição.
Importância da vacinação
Ao falar sobre a cobertura vacinal das crianças, Cristine Pilati, que também é médica infectologia, defendeu a segurança dos imunizantes e frisou a relação entre a vacinação e a redução de internações em decorrência da Covid-19. “A aplicação das vacinas neste público de 5 a 11 anos é optativa para os pais. Ela não é obrigatória. Mas os indicadores da pandemia mostram que a vacinação deu certo para reduzir quadros graves e as internações hospitalares”, pontuou.
A vacina não será exigida durante a matrícula das crianças nas escolas municipais. Mas, conforme Rian, ela significa uma proteção a mais no retorno. "Eu fico mais tranquilo para voltar às aulas depois das férias, porque tenho bronquite asmática e fico gripado com facilidade", contou.