Passo Fundo vacina 1,6 mil crianças de 5 a 11 anos com a primeira dose no sábado

Unidades de saúde registram filas e demora no atendimento em razão dos procedimentos necessários para a vacinação infantil

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Passo Fundo vacina 1.879 crianças de 5 a 11 anos com a primeira dose. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)Passo Fundo vacina 1.879 crianças de 5 a 11 anos com a primeira dose. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
Passo Fundo vacina 1.879 crianças de 5 a 11 anos com a primeira dose. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
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No último sábado (29) chegou a vez dos pequenos de 5 a 11 anos sem comorbidades tomarem a vacina contra a Covid-19 em Passo Fundo. Das 8h às 13h, foram aplicadas 1,6 mil doses em cinco unidades de saúde, totalizando 1.879 crianças vacinadas em Passo Fundo. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, Cristine Pilati, a demora no atendimento e longas filas observadas junto aos locais de vacinação se deveram aos métodos solicitados pelo Governo Federal para a vacinação infantil. Uma reunião na tarde de ontem (31) entre os secretários municipais de saúde do Rio Grande do Sul e a Secretária de Saúde do Estado buscou expor os problemas encontrados e discutir possíveis mudanças para que o trabalho seja agilizado.


Métodos solicitados para a vacinação infantil

Em entrevista concedida à Rádio UPF, a secretária de saúde de Passo Fundo, Cristine Pilati, explicou que a campanha de vacinação nas crianças possui procedimentos diferentes e mais complexos se comparados com a dos adultos. Um deles é a proibição da vacinação extramuros, que permite que a vacina seja aplicada fora das unidades de saúde, como vinha acontecendo no CTG Lalau Miranda e em Drive-Thrus. Após a aplicação da vacina é necessário um período de observação de 20 minutos, o que colabora para a lentidão do processo. “As unidades de saúde do município não foram construídas para suportar esse movimento e o período de observação pós-vacina”, pontuou a secretária, destacando que esses são os fatores principais que fazem com que a vacinação demore mais.

Mas além disso, é necessária a presença de um médico junto aos pequenos e o uso exclusivo da unidade de saúde para a vacinação contra a Covid-19, não sendo permitido a aplicação de outras vacinas e execução de mais atividades no local. “Isso dificulta muito a nossa atuação, principalmente nesse momento em que estamos, de força de trabalho reduzida”, disse a secretária Cristine, explicando que nas últimas duas semanas muitos profissionais foram afastados por estarem contaminados com o novo coronavírus.

Os protocolos requeridos se somam às especificidades de cada criança, visto que muitas choram e precisam do convencimento para que a vacina seja aplicada, demorando em torno de 15 minutos só para que a aplicação ocorra, como destacou a secretária.


Próximos passos

De acordo com a Secretaria de Saúde de Passo Fundo, foi encaminhado no sábado (29) um pedido ao Estado para que seja revista a proibição da vacinação extramuros. Na solicitação foi destacado a montagem de estruturas de atendimento, caso seja permitida a vacinação em locais como o CTG Lalau Miranda. Entretanto, como destacou Cristine Pilati, das 1.879 crianças vacinadas no município, nenhuma apresentou reações adversas graves e necessitou de atendimento até o momento. “Mas podendo estar em um local extramuros nós podemos nos organizar de uma forma melhor”, afirmou. Nesse sentido, a reunião que aconteceu ontem (31) buscou discutir a vacinação extramuros e por esse motivo, segundo a secretária, o município não irá divulgar o próximo cronograma de vacinação infantil até que uma resposta definitiva de manutenção ou retirada do procedimento seja dada pelo Estado.

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