O número de casos ativos de coronavírus em Passo Fundo apresentou uma redução significativa no último mês. De acordo com dados reunidos nos boletins epidemiológicos da Secretaria Municipal de Saúde, entre os dias 07 de fevereiro e 07 de março, o índice caiu 84,4%, passando de 4.124 para 642 pessoas com a doença de maneira simultânea no município.
A queda aparece também no indicador que contabiliza o total de pessoas internadas em hospitais passo-fundenses em decorrência do vírus: no sétimo dia de fevereiro, 78 pessoas estavam hospitalizadas no município com teste positivo para a doença. Um mês depois, na última segunda-feira (7), o total de internações não passava de 48. Destes, 25 estavam hospitalizados em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 23 em leitos clínicos.
A mudança no panorama epidemiológico do município reflete uma desaceleração na velocidade de propagação da Covid-19. É possível perceber, com base no banco de dados da Secretaria Municipal de Saúde, como o número de novos casos confirmados mudou de forma expressiva dentro de um mês. O mesmo acontece em relação aos óbitos. Nas duas últimas semanas, de 21 de fevereiro a 07 de março, o município acumulou 1.627 diagnósticos positivos e oito mortes por SARS-CoV-2. Já nas duas semanas anteriores, de 06 a 20 de fevereiro, 4.151 pessoas contraíram a doença e 21 perderam a vida para o vírus.
Redução na busca por atendimentos em unidades de referência
Conforme a coordenadora do Núcleo de Vigilância em Saúde da Prefeitura de Passo Fundo, Marisa Zanatta, outra consequência direta na melhora dos indicadores tem sido ainda a redução na busca por atendimentos nas unidades de referência para casos suspeitos de Covid-19. Segundo registros da pasta, em cerca de um mês, a média diária de acolhimentos no Cais Boqueirão passou de 88 para 23 e, no Cais Petrópolis, de 228 para 91 atendimentos por dia.
Apesar da tendência de redução nos indicadores da pandemia, a coordenadora destaca que ainda é difícil precisar se o cenário positivo deverá se manter nas próximas semanas. “Nós gostaríamos que se mantivesse. Temos essa esperança. Mas tivemos o carnaval recentemente, em que o pessoal saiu bastante, viajou muito, então ainda teremos que esperar para saber se isso não vai fazer com que os números cresçam novamente”, observa Marisa.