Centro regional em atendimento a pacientes autistas é habilitado em Passo Fundo

Articulação com 28 municípios da região do Planalto irá horizontalizar os atendimentos multiprofissionais

Por
· 2 min de leitura
Centro irá fortalecer atendimento e mapear os casos de autismo na região. (Foto: Unicef)Centro irá fortalecer atendimento e mapear os casos de autismo na região. (Foto: Unicef)
Centro irá fortalecer atendimento e mapear os casos de autismo na região. (Foto: Unicef)
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Baseado em uma política de atendimento integrado, o primeiro centro regional de assistência multiprofissional em saúde aos pacientes diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA) foi habilitado em Passo Fundo para atender 28 municípios da região do Planalto. 

Embora a mobilização tenha sido iniciada em dezembro do ano passado junto ao Governo do Estado, os trâmites burocráticos habilitaram a abertura do espaço apenas na semana passada. Ao integrar a lista dos 30 centros regionais do programa TEAcolhe RS, lançado há um ano pelo governo gaúcho, o espaço em funcionamento na APAE do município irá receber crianças, adolescentes e adultos autistas neste trabalho conjunto com as localidades, segundo explicou a psicopedagoga e coordenadora do centro, Regina Ampese. “Conseguimos articular melhor as redes que estão envolvidas diretamente no atendimento e nos serviços prestados para as pessoas com transtorno do espectro autista”, considerou.

Além das intervenções, que serão feitas nas áreas médicas de neurologia e neuropediatria, psicologia e terapia ocupacional, os profissionais irão mapear, ainda, as cidades assistidas pelo centro através da coleta de informações mais localizadas, uma vez que o número de pessoas com TEA por região é desconhecido até mesmo pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Algumas famílias não acessam os serviços, ficam à margem. Junto com as equipes de cada município, os serviços vão chegar a todos que necessitam”, afirmou Regina. 

Com a destinação de R$ 30 mil mensais, necessários para manter o funcionamento do espaço, o trabalho também será ampliado na área de educação e assistência social, além do fortalecimento dos vínculos que atendem as pessoas com TEA e suas famílias. “Os casos vão ser atendidos aqui quando a equipe identificar que, mesmo com todas as intervenções na rede [municipal] não está funcionando. Então, chamamos essa equipe, a família e a pessoa com TEA para o centro e organiza o atendimento elaborando o plano terapêutico singular”, explicou a coordenadora. 


TEAcolhe

Ao criar 30 centros regionais e sete macrorregionais, as diretrizes do programa TEAcolhe RS determina que os espaços de referência para cada região sejam destinados ao atendimento dos casos severos, graves e refratários em cada zona geográfica gaúcha de abrangência destes espaços, definidos por protocolo previamente estabelecido. 

As ações dos centros de referência em TEA poderão ser executadas, prioritariamente, por serviços públicos já existentes ou, de forma complementar, por instituições privadas, com expertise no atendimento às pessoas com autismo e suas famílias, orientadas pelas políticas definidas pelo Sistema Único de Saúde, do Sistema Único de Assistência Social e do Sistema Nacional de Educação.


Macrorregião

Com uma proposta diferente do centro regional, os espaços macrorregionais articulam os projetos e propostas de intervenção que atendam as diferentes necessidades de cada realidade na perspectiva da inclusão “para que a pessoa com TEA seja atendida, de forma integrada e qualificada, em qualquer local por onde circular”, segundo argumenta o Governo do RS. Em Passo Fundo, o funcionamento foi vinculado à ACD.

Gostou? Compartilhe