Técnicos e auxiliares de enfermagem de todo o país devem paralisar parcialmente as atividades, no próximo dia 21 de setembro, mantendo os serviços de urgência e emergência. A definição foi do Fórum Nacional da Enfermagem, composto por órgãos que representam a categoria. A partir do dia 21/9, acampamentos permanentes de vigílias devem acontecer, com revezamento dos trabalhadores, em locais a serem definidos pelos sindicatos e demais entidades representativas.
Em entrevista à reportagem de ON o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Saúde (CNTS), Valdirlei Castagna, explicou que os encaminhamentos acordados entre as entidades nacionais fazem parte das estratégias para manter a categoria mobilizada e pressionando para que as fontes de financiamento sejam indicadas de forma urgente pelo Congresso Nacional e pelo Governo Federal. “O ministro da economia disse que terá fontes de financiamento para o piso e agora queremos que sejam apresentadas e que isto esteja claro para todos os trabalhadores, para o setor empresarial e para o STF”. O último placar de votação no Supremo Tribunal Federal apontou para a suspensão do piso, com uma votação de 5 a 3.
Para Castagna, as manifestações da categoria estão sendo extremamente importantes para que não haja retrocesso em relação ao piso. “É uma demonstração clara de que a categoria se uniu, despertou e vai defender o seu piso custe o que custar. O piso foi construído com muita luta”, disse.
O Supremo Tribunal Federal STF segue o processo de julgamento sobre se mantém ou suspende o piso nacional da enfermagem. A lei, agora suspensa, fixou o piso salarial de enfermeiros em R$ 4.750. O piso baliza também os valores dos técnicos de enfermagem e dos auxiliares em 70% e 50% do piso dos enfermeiros, respectivamente.
Sindisaude reuniu a categoria em frente ao HC
Nessa terça-feira (13), o Sindisaúde Passo Fundo e Região realizou um ato de protesto, na Praça Antonino Xavier, em frente ao Hospital de Clínicas, em Passo Fundo. O ato foi uma continuidade da mobilização nacional que iniciou na última semana.
A intenção é cobrar um posicionamento do Presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira e do Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco pela indicação das fontes de financiamento, previstas na aprovação da Lei 14.434/22.