A pandemia causada pelo Covid 19 foi um evento catastrófico. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) tivemos 620.878.405 casos confirmados de Covid-19, que causaram 6.543.138 mortes. No Brasil morreram 687 mil pessoas. Desde o seu início, em dezembro de 2019, quando o vírus pulou do morcego para os humanos em Wuhan, China, alertou-se para sua predileção pelos pulmões e por ser altamente transmissível.
Aprimoramento da vacina
Logo no início de 2020 começam vários ensaios clínicos para aprimoramento da vacina para Covid-19. Essa tarefa não era nova já que os pesquisadores tinham o conhecimento adquirido nos estudos de vacinas contra SARS-CoV, MERS-CoV e outros vírus, para desenvolver vacinas que prevenissem a transmissão ou o desenvolvimento de formas graves da Covid-19. Em outras palavras, já havia bastante experiência para desenvolver vacinas contra o “bicho”. O mais importante órgão regulatório sobre o uso de medicações americano, FDA (Food and Drug Administration), tendo em vista a grande mortalidade causada pelo Sars Cov 2, autorizou o uso emergencial das vacinas, mas sempre com um rigoroso monitoramento de segurança.
Treze bilhões de doses
Em 8 de dezembro de 2020 a inglesa Margareth Keenan, na época com 90 anos, recebeu a primeira vacina, da Pfizer, e até hoje vai muito bem, obrigado. Desde então, até agora em outubro de 2022, um total de 12.782.955.639 doses de vacina foram administradas nos 7.700.000.000 habitantes do planeta. Atenção: quase 13 bilhões de doses. Estimou-se que as vacinas preveniram 14,4 milhões de mortes pela Covid-19 entre 8 de dezembro de 2020 e 8 de dezembro de 2021. Como comparação, é bom lembrar, que em todos os seis anos da Segunda Guerra Mundial morreram 75 milhões de indivíduos. Esses números impressionantes não foram suficientes para o reconhecimento da vacina.
Tolices prejudiciais
Nunca um tratamento levou tanto ‘laço’ como esse para Covid-19. Nunca se inventaram tantas histórias fantasiosas, fake news, mentiras e calúnias. Como resultante dessas tolices, outras vacinas deixaram de ser aplicadas, como a da poliomielite em crianças. Houve uma diminuição na adesão às campanhas tradicionais de vacinação do País. Infelizmente não tivemos uma liderança nacional que assumisse com determinação a causa das vacinas e, aliás, até estimularam o não uso. No caso do Brasil, quando 80% da população foi imunizada, a doença perdeu sua força e, como era de se esperar, a mortalidade caiu lá embaixo.
Diminuíram as internações
A vacina diminui enormemente a necessidade de internação por doença grave e morte. O epidemiologista Dr. Cesar Victora publicou em agosto de 2021, na revista inglesa The Lancet, que a mortalidade diminuiu 5 vezes em pacientes idosos vacinados quando comparados aos não imunizados aqui no Brasil (4).
Efetivamente, quando se observam os gráficos se percebe nitidamente a que, à medida que a vacinação foi aumentando, Covid grave e a mortalidade foram diminuindo. O Centers for Disease Control e Prevention, instituição responsável pela saúde dos Estado Unidos, coloca no seu site o seguinte: “As vacinas Covid-19 são seguras e eficazes. Milhões de pessoas nos Estados Unidos receberam as vacinas Covid-19 sob o mais intenso monitoramento de segurança da história dos EUA”. Os efeitos colaterais comuns descritos são: febre, dor de cabeça, fadiga e dor no local da injeção. Efeitos adversos mais graves, como miocardites e tromboembolismo podem ocorrer, mas são enormemente mais raros que aqueles causados pela doença. Devemos seguir as recomendações das instituições internacionais responsáveis pelo assunto e essas aconselham em uníssono as duas doses iniciais e mais as doses de reforço estabelecidas por idade e/ou comorbidade.
Vacina é, e sempre foi, tudo de bom.