Passo Fundo vacinou 61% das crianças contra a paralisia infantil

Apesar de não atingir todo o público-alvo, número de menores que receberam o imunizante aumentou no município

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Apesar de finalizada a campanha nacional, gotinha contra a poliomielite segue disponível na rede municipal de saúde.  (Foto: Arquivo/Agência Brasil) Apesar de finalizada a campanha nacional, gotinha contra a poliomielite segue disponível na rede municipal de saúde.  (Foto: Arquivo/Agência Brasil)
Apesar de finalizada a campanha nacional, gotinha contra a poliomielite segue disponível na rede municipal de saúde. (Foto: Arquivo/Agência Brasil)
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Em dois meses, os profissionais de saúde de Passo Fundo imunizaram 61% das crianças contra a paralisia infantil durante a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, encerrada no sábado (22), após duas prorrogações no calendário para ampliar o número de pequenos vacinados contra a doença. 

Segundo mostra o painel do Ministério da Saúde, 6.664 doses foram aplicadas em toda a estrutura da rede municipal, que teve o horário de atendimento nas salas de vacinação estendido até às 21h30 no Cais Petrópolis e até às 21h na Central de Vacinas no planejamento para ampliar a cobertura vacinal no município. 

A mobilização iniciada nas escolas municipais para verificar a carteirinha de vacinação das crianças foi fundamental para ampliar o número de aplicações do imunizante, conforme considerou a coordenadora da Vigilância em Saúde de Passo Fundo, Marisa Zanatta. “Para as crianças que não estavam com a vacinação completa, fornecemos um comunicado para ir à unidade de saúde", mencionou. 

Esse esforço conjunto entre os agentes de saúde e os educadores possibilitaram, assim, que a aplicação fosse multiplicada, apesar de um comportamento de queda na busca pela imunização contra o poliovírus observado na cidade nos últimos anos, de acordo com Marisa. “No início foi bem pouco, mas quando iniciamos nas escolas fechamos com mais de 60%”, ponderou. 


Cenário preocupante

Luis Alfredo Schneiders, secretário de saúde em exercício, afirma que os índices de cobertura da vacinação da poliomielite na campanha desse ano, retratam o avanço significativo na redução da busca das famílias para imunização de doenças até então controladas no país. “Esse cenário preocupa e quanto saúde pública, pois coloca novamente em risco a população do surgimento de endemias e/ou novas pandemias. Infelizmente o que vimos é que a primeira mensagem após a pandemia da Covid-19, que obrigou o mundo a combater de forma conjunta e a desenvolver em tempo recorde vacinas para aquele vírus, através do empenho de muitos profissionais e milhares de perdas, que apesar de salvar vidas e mostrar sua importância, outras vacinas tiveram perdas em seu significado junta as pessoas. Esperamos que nas próximas campanhas, essa realidade volte ao normal e possamos reafirmar que todas as vacinas salvam vidas e garantem melhor qualidade de vida da criança ao idoso”. O secretário em exercício ressaltou que em 2018, antes da Covid-19, a mesma campanha da poliomielite atingiu cobertura de 95,13% em Passo Fundo” afirmou. 


Público-alvo

Entre as 10.383 crianças e adolescentes menores de 15 anos inseridos no público-alvo neste ano, a cobertura vacinal contra a poliomielite foi mais abrangente nas crianças passo-fundenses com 4 anos, nas quais 1.865 ou 69,3% das doses foram administradas nesta faixa etária, enquanto os profissionais de enfermagem aplicaram 1.657 vacinas nas de 3 anos; 1.611 nas de um ano e 1.531 doses nos pequenos com dois anos de idade.

Ainda assim, o registro de imunização em Passo Fundo ficou abaixo da média observada no Rio Grande do Sul, que vacinou 75,9% da população prioritária para a mobilização nacional. No território gaúcho, segundo ilustra a interface do órgão mantenedor da saúde pública, 420.697 gaúchos infantes receberam a dose prevista no Programa Nacional de Imunização (PNI) entre os 553.814 inseridos no grupo-alvo. 

A partir disso, 287 municípios gaúchos atingiram a meta de imunização contra a poliomielite, que é de 95% das crianças até quatro anos, sendo Bagé, Bento Gonçalves, Campo Bom, Santa Rosa e Santo Ângelo as maiores localidades, com público-alvo acima de 3 mil crianças, a atingir meta no Estado. 

Apesar do encerramento da campanha, a coordenadora da Vigilância em Saúde de Passo Fundo lembra que a vacina oral, em forma de gotinha, permanece disponível gratuitamente nas unidades locais, assim como os demais imunizantes contra a Hepatite A e B, Penta (DTP/Hib/Hep B), Pneumocócica 10 valente, VIP (Vacina Inativada Poliomielite), VRH (Vacina Rotavírus Humano), Meningocócica C (conjugada), VOP (Vacina Oral Poliomielite), Febre amarela, Tríplice viral que protege contra o Sarampo, Rubéola e Caxumba, Tetraviral (Sarampo, Rubéola, Caxumba, Varicela), DTP (tríplice bacteriana), Varicela e HPV quadrivalente (Papilomavírus Humano). “No início, víamos que mais de 80% estavam com a vacina em atraso. Hoje é muito menos”, ressaltou Marisa. 

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