Estudo demonstra redução de até 16 vezes no risco de óbito por covid-19 em pessoas com segundo reforço

A análise também demonstra o aumento da proteção na comparação com as pessoas com apenas o primeiro reforço ou com esquema primário completo

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Foto: Arquivo/Agência BrasilFoto: Arquivo/Agência Brasil
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Um estudo do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) apresentou mais um balanço da situação vacinal entre as pessoas que vieram a óbito pelo coronavírus ressaltando novamente que quanto mais avançado o esquema de doses do indivíduo, menor o risco de morte por causa da covid-19, chegando a diminuir em até 16 vezes as chances de óbito, dependendo da idade.

Entre os idosos, população considerada mais vulnerável pelo fato de terem uma imunidade mais limitada, a taxa de mortalidade é até oito vezes menor para quem já fez a segunda dose de reforço, em comparação com a pessoa que não está com o esquema primário completo.

A análise também demonstra o aumento da proteção na comparação com as pessoas com apenas o primeiro reforço ou com esquema primário completo (duas doses ou dose única). Nesta faixa da população acima dos 60 anos, quem tem o segundo reforço tem quase duas vezes menos risco de óbito em comparação ao indivíduo com somente um reforço e quatro vezes menos em relação a quem tem apenas o esquema primário.

A faixa etária dos idosos é hoje a com maior proporção entre os óbitos de covid-19 no Rio Grande do Sul, representando cerca de 90% das ocorrências no último mês. Porém, o mesmo impacto pode ser observado nas demais idades. Entre os 40 e 59 anos, o segundo reforço chega a diminuir o risco de morte pelo coronavírus em 16 vezes. Enquanto a pessoa com segunda dose nesta idade tem uma taxa de mortalidade de 2,79 por cem mil pessoas por ano, o índice é de 44,9 para quem não tem o esquema primário completo. Ter o segundo reforço também reduz em mais da metade o risco de morte nessa população em comparação com a pessoa com o primeiro reforço.

A diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri, ressalta que a análise ratifica aquilo que já havia sido percebido em outras oportunidades após o início da vacinação. “Quanto mais completo é o esquema vacinal do indivíduo, maior chance ele tem de não evoluir para hospitalização ou óbito”, disse. “O segundo reforço, que na nossa última análise ainda não estava disponível, trouxe uma redução significativa nas taxas de mortalidade, de quase duas vezes menos risco de óbito entre os idosos e menos 50% entre as pessoas de 40 a 59 anos”, destacou.


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