A chegada de um ano novo é mais que oportuna para evidenciarmos aspectos positivos das mais diferentes áreas. Na saúde e medicina, por exemplo, a evolução de tratamentos contra o câncer chama atenção de especialistas. O mastologista Leandro Lenzi Pacheco, que atua em Passo Fundo, salienta que o câncer de mama é o tipo de câncer mais pesquisado no mundo.
Números
Enquanto a ciência busca novos métodos de combate a uma das doenças mais prevalentes e complexas da atualidade, os índices continuam preocupantes. Conforme a publicação Estimativa 2023 - Incidência de Câncer no Brasil, lançada em novembro de 2022 pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres (depois do de pele não melanoma), com 74 mil casos novos previstos por ano até 2025. Em nível nacional, a publicação apurou que durante o triênio 2023-2025, do total dos 704 mil novos casos de câncer a cada ano no país, 70% estão previstos para as regiões Sul e Sudeste. A estimativa do câncer de mama em mulheres é 71,44/100 mil (Sul) e 84,46/100 mil (Sudeste).
Diagnósticos e tratamentos
Embora os números não sejam animadores, as alternativas de diagnóstico e tratamentos estão cada vez mais avançadas. O que significa um alento para muitas mulheres que enfrentam uma batalha contra o câncer de mama. Os métodos diagnósticos também evoluíram e, atualmente, direcionam um tratamento personalizado. “Este exame é chamado de imuno-histoquímica, o qual utiliza um painel específico de anticorpos. Popularmente explicando, o exame avalia a ‘família do tumor’, determinando o perfil molecular tumoral, ou seja, o tipo de sua mutação genética, o qual conduz uma terapia personalizada para cada paciente”, detalha Pacheco.
Métodos cirúrgicos e clínicos
Ao definir o tratamento, o mastologista pontua que o mesmo pode ser iniciado com cirurgia ou quimioterapia ou ainda hormonioterapia com medicações. “A grande vantagem que temos hoje, é o avanço de métodos cirúrgicos e clínicos. A gama de possibilidades como quimioterapia, hormonioterapia, terapias alvo, imunoterapias e a própria radioterapia, que também mudou seu estilo de tratar, resultam em terapêuticas mais resolutivas”. Diante disso, Pacheco enfatiza que as chances de cura são reais e muito amplas, principalmente, se o diagnóstico de câncer de mama for feito cedo. Nesse sentido, “maior será a chance de obtermos bons resultados e a tão almejada cura”.