Exame pode confirmar morte por dengue em Passo Fundo

De acordo com a SES, o município já atinge 293 casos confirmados da doença

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Controle para eliminar criadouros do mosquito da dengue Foto – Fernando Frazão-Agência BrasilControle para eliminar criadouros do mosquito da dengue Foto – Fernando Frazão-Agência Brasil
Controle para eliminar criadouros do mosquito da dengue Foto – Fernando Frazão-Agência Brasil
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Uma morte pode ter ocorrido em Passo Fundo em consequência da dengue. O caso ainda está em investigação e a vítima seria uma criança de dez anos. Num primeiro exame, realizado em Passo Fundo, o resultado deu positivo. Porém, o veredito depende de uma análise mais complexa, conforme informou Bruno Dias, da Vigilância Ambiental de Passo Fundo. “O material coletado para exame foi encaminhado hoje (segunda-feira) ao Lacen e o resultado deve sair na quarta ou quinta-feira”. Ele explicou que o exame, um PCR, é mais conclusivo. No Lacen, Laboratório Central de Saúde Pública do Estado do Rio Grande do Sul, “os protocolos permitem um resultado mais preciso”, completou.

Infestado

De acordo com o nível de infestação, os números da dengue em Passo Fundo classificam o município na categoria “infestado”, de acordo com o Painel de Casos da Dengue no RS. A publicação tem atualização diária. Os dados da Secretaria Estadual da Saúde, atualizados na segunda-feira (24), indicam 600 notificações em 2023. Dessas, 293 foram confirmadas, 95 continuam em investigação, 209 descartados e 03 foram considerados inconclusivos. A incidência, onde não contam os registros descartados, atinge 191 para 100 mil habitantes. De acordo com o último boletim, até então, não havia registro de óbito pela doença em Passo Fundo. Porém, ainda é necessário aguardar pelos resultados de exames.

A dengue no RS

A dengue é uma doença infecciosa viral, transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti, que deve ter a sua proliferação controlada no ambiente. O mosquito tem se adaptado bem às cidades, expandindo-se e resistindo aos inseticidas. O Rio Grande do Sul já registrou este ano 11 óbitos por dengue. Desses, oito foram em pessoas com mais de 60 anos. Conforme a enfermeira Catia Favreto, responsável pelo Programa de Arboviroses (doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti), os idosos estão mais sujeitos à hospitalização e ao desenvolvimento de formas graves da doença. “É importante lembrar que esses indivíduos são mais vulneráveis às complicações decorrentes de dengue. Por isso, a avaliação clínica deve ser criteriosa, a fim de se evitarem complicações pela demora na identificação e no tratamento da infecção grave por dengue”.

Os sintomas

Os principais sintomas da dengue são febre alta, entre 39°C e 40°C, com duração de dois a sete dias, dor atrás dos olhos, dor de cabeça, no corpo e nas articulações, mal-estar geral, náusea, vômito, diarreia, manchas vermelhas na pele com ou sem coceira. Aos primeiros sinais da doença, as pessoas devem procurar logo por atendimento médico para o diagnóstico oportuno e a eliminação dos riscos de agravamento da doença.

Repelentes e mosquiteiros

No combate ao Aedes Aegypti, medidas de limpeza para eliminação de criadouros com água nos pátios e quintais das residências e aplicação de inseticida nos municípios são algumas das ações indicadas. Para a proteção individual, a SES orienta o uso de repelentes e mosquiteiros.

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