Fumacê combate Aedes Aegypti em Passo Fundo

Com 460 casos de dengue confirmados, município tem 15 pessoas internadas

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Ação em Passo Fundo começou na tarde desta terça-feira - Fotos – Michel Sanderi-PMPFAção em Passo Fundo começou na tarde desta terça-feira - Fotos – Michel Sanderi-PMPF
Ação em Passo Fundo começou na tarde desta terça-feira - Fotos – Michel Sanderi-PMPF
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 Os números da dengue em Passo Fundo colocam o município na condição de infestado, segundo Boletim da Secretaria da Saúde do RS. Na terça-feira, 09, começou o fumacê para combater o Aedes Aegypti, mosquito transmissor da doença. De acordo com o boletim de acompanhamento diário da epidemia, o município é classificado como infestado. Além do registro de uma morte, o quadro epidemiológico em Passo Fundo registra neste ano 1.160 notificações com 460 casos confirmados, além de 266 em investigação, 431 descartados e 3 inconclusivos. De acordo com a mesma planilha, 15 pessoas estão internadas nos hospitais de Passo Fundo devido a doença. Dessas, uma em UTI adulta e outra em UTI pediátrica. O quadro epidemiológico em Passo Fundo é grave. De acordo com a chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental, enfermeira Ivânia Silvestrin, o foco maior está centralizado na Vila Luiza. “Os outros casos são de áreas que fazem divisa com a Luiza, como Lucas Araújo, Centro, Rodrigues e Boqueirão”, explicou.

O fumacê

Após a confirmação dos primeiros casos positivos, desde janeiro a Secretaria Municipal da Saúde realiza pulverizações nos quarteirões onde houve registros. Na terça-feira, 09, atendendo solicitação da Secretaria da Saúde de Passo Fundo, o estado realiza uma ação mais forte com o fumacê. “Estamos iniciando aqui no Boqueirão, na Paissandu esquina com Andradas”, informou Ivânia que acompanhava o começo da atividade em Passo Fundo, na tarde de ontem. O fumacê é uma estratégia para controlar as populações de mosquitos, com um veículo que passa emitindo uma nuvem de fumaça com inseticida que elimina a maior parte dos mosquitos adultos presentes na área. “É utilizado o mesmo produto que usamos nas pulverizações individuais”. O inseticida é o Cielo utilizado no tratamento espacial com ultra baixo volume, adequado para ambientes externos para eliminar o Aedes Aegypti.

Quarteirões

A chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental explica que a operação fumacê será realizada em 56 quarteirões, escolhidos de acordo com a incidência da doença. “Logo em seguida ao Boqueirão, vamos descer na Vila Luiza, passar no centro e Lucas Araújo. Além do fumacê, ainda contamos com a colaboração da comunidade tendo os cuidados necessário, evitando deixar água parada, objetos como pneus que podem servir para proliferação do mosquito. Para descarte de pneus temos o Ecoponto”, completou. Sobre o mosquito transmissor da dengue, Ivânia lembrou que em suas quatro etapas, do ovo a fase adulta, o mosquito vive em média 45 dias. Assim, além das ações que estão em prática, ela também aposta no frio. “A tendência, se não esfriar, é que esses números de agora se mantenham. Mas com o frio e o fumacê podemos mudar esse quadro”.

DENGUE – SINTOMAS

Os principais sintomas da dengue são febre alta, entre 39°C e 40°C, com duração de dois a sete dias, dor atrás dos olhos, dor de cabeça, no corpo e nas articulações, mal-estar geral, náusea, vômito, diarreia, manchas vermelhas na pele com ou sem coceira. Aos primeiros sinais da doença, as pessoas devem procurar logo por atendimento médico para o diagnóstico oportuno e a eliminação dos riscos de agravamento da doença.

DENGUE - PREVENÇÃO

No combate ao Aedes Aegypti, medidas de limpeza para eliminação de criadouros com água nos pátios e quintais das residências e aplicação de inseticida nos municípios são algumas das ações indicadas. Para a proteção individual, a SES orienta peara utilizar mosquiteiros. O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual contra o Aedes aegypti.


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