A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) alerta a população sobre o preocupante aumento no número de casos de Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no estado e em todo o Brasil. Segundo dados observados pelo Ministério da Saúde entre janeiro e março deste ano, houve um significativo aumento na ocorrência dessas síndromes respiratórias. O membro do Comitê de Infectologia da Sociedade de Pediatria RS, Juarez Cunha, lembra que se tratam de doenças que podem ter consequências graves, principalmente em crianças. “É de extrema importância que os pais estejam atentos aos sintomas e adotem medidas preventivas para proteger seus filhos. Temos vários vírus circulando: influenza que causa a gripe, o SARS-CoV-2 que causa a Covid e o VSR causador da bronquiolite. Esse último, atualmente é um dos principais causadores dessas infecções, com uma taxa de positividade de 48%. O aspecto a ser comemorado é que em breve, teremos novidades em relação à prevenção do VSR, com aprovações de vacinas maternas que protegem a mãe e o bebê e de anticorpos monoclonais”, explicou. Os anticorpos monoclonais são proteínas específicas que ajudam o sistema imunológico a combater vírus e bactérias através do reconhecimento de antígenos.
Vigilância e diagnóstico
A SPRS destaca a importância da vigilância e do diagnóstico precoce dessas síndromes, visando evitar a transmissão das doenças. É fundamental que a população siga as medidas preventivas não farmacológicas, como distanciamento físico, etiqueta respiratória, higiene das mãos e limpeza de objetos e ambientes. Além disso, reforça a recomendação para que as crianças a partir dos 6 meses de idade sejam vacinadas contra a gripe e contra a COVID nas campanhas que estão em curso. Especificamente em relação ao VSR, lembramos que o Ministério da Saúde disponibiliza o uso do anticorpo monoclonal palivizumabe para crianças elegíveis, que são aquelas com maior risco de complicações da doença, como prematuros e crianças com doenças pulmonares crônicas. A dose indicada é de 15 mg/kg/dose, por via intramuscular, com até 5 doses e intervalo de 30 dias.
A Campanha Maio Amarelo
A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, engajada nas ações do Maio Amarelo, reforça a importância de medidas de segurança no trânsito que envolvem crianças, como o uso correto do cinto de segurança, a utilização de cadeirinhas adequadas para cada faixa etária, o respeito às faixas de segurança e outras ações preventivas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 260 mil crianças morrem por ano em acidentes de trânsito e muitas outras ficam feridas. Os acidentes mais comuns no trânsito envolvendo essa faixa etária são atropelamentos, colisões e quedas de bicicleta.
O Movimento Maio Amarelo foi criado pelo Observatório Nacional de Segurança Viária em 2014, com a proposta de chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortos e feridos no trânsito em todo o mundo. A cor amarela foi escolhida por ser uma cor de atenção e destaque, que simboliza as sinalizações de advertência, atenção e segurança no trânsito.