A dengue provocou mais uma morte no município de Passo Fundo. A segunda vítima era um homem de 77 anos de idade, com comorbidades e morador do Bairro Boqueirão. Ele estava hospitalizado e morreu em 29 de maio, uma segunda-feira. A confirmação da causa foi divulgada na sexta-feira, 02 de junho, de acordo com resultado de exame no Laboratório Central de Saúde Pública do RS - Lacem. No entanto, somente na terça-feira, 06, constou na atualização do Painel de Casos da Dengue no Rio Grande do Sul. A primeira vítima foi uma criança com 10 anos de idade, que morreu em 22 de abril. A chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental da Secretaria da Saúde, enfermeira Ivânia Silvestrin, enfatizou que “o caso de uma pessoa saudável é bem diferente ao de uma pessoa com comorbidades”.
Números
Os números da dengue em Passo Fundo colocam o município na condição de infestado, segundo Boletim da Secretaria da Saúde do RS. Além do registro de duas mortes, o quadro epidemiológico em Passo Fundo aponta neste ano 2.230 notificações com 757 casos confirmados, além de 276 em investigação, 1.167 descartados e 30 inconclusivos. De acordo com a mesma planilha, quatro pessoas estão internadas nos hospitais de Passo Fundo devido a doença. Dessas, duas em UTI adulta.
Maior abrangência
A incidência da doença diminuiu nos últimos dias, especialmente após diversas ações como a conscientização da população e o fumacê. “O trabalho da mídia e o fumacê vem sendo importantes para melhorar o quadro”, explicou a enfermeira. No mês passado o foco principal era a Vila Luiza e bairros próximos, como Boqueirão, Lucas Araújo, Centro e Rodrigues. Agora, ao mesmo tempo em que os casos diminuíram, a abrangência territorial da doença se espalhou praticamente pela maioria da cidade. “Agora não está mais concentrada. Está mais espalhado, com registros na maioria os bairros como, por exemplo na São Cristóvão”.
Fumacê
Em 09 de maio, por solicitação da Secretaria da Saúde de Passo Fundo, o estado iniciou o fumacê em Passo Fundo. É uma estratégia para controlar as populações de mosquitos, com um veículo que passa emitindo uma nuvem de fumaça com inseticida que elimina a maior parte dos mosquitos adultos. Ivânia avalia que a operação fumacê é importante, “mas mata apenas o mosquito adulto e não mata as larvas que estão nas águas paradas”. A atividade teve dois ciclos de aplicações com intervalo de quatro dias, centralizada na Vila Luiza e bairros adjacentes. “Agora estamos monitorando os locais para ver a possibilidade de um terceiro ciclo de fumacê”, explicou a responsável pela vigilância ambiental em saúde.
Cuidados necessários
A diminuição na incidência de casos não significa que a situação está controlada. “A dengue ainda está circulando e agora vários bairros e isso exige a manutenção dos cuidados necessários”. De acordo com a enfermeira, “prosseguem as visitas rotineiras que são feitas durante todo o ano. Também contamos com a colaboração da comunidade tendo os cuidados necessário, evitando deixar água parada, objetos como pneus que podem servir para proliferação do mosquito (Aedes aegypti) transmissor da doença”
DENGUE – SINTOMAS
Os principais sintomas da dengue são febre alta, entre 39°C e 40°C, com duração de dois a sete dias, dor atrás dos olhos, dor de cabeça, no corpo e nas articulações, mal-estar geral, náusea, vômito, diarreia, manchas vermelhas na pele com ou sem coceira. Aos primeiros sinais da doença, as pessoas devem procurar logo por atendimento médico para o diagnóstico oportuno e a eliminação dos riscos de agravamento da doença.
DENGUE - PREVENÇÃO
No combate ao Aedes Aegypti, medidas de limpeza para eliminação de criadouros com água nos pátios e quintais das residências e aplicação de inseticida nos municípios são algumas das ações indicadas. Para a proteção individual, a SES orienta peara utilizar mosquiteiros. O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual contra o Aedes aegypti.