“Não podemos baixar a guarda”

Núcleo de Vigilância Ambiental foca as ações em pontos estratégicos

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Vigilância: a luta continua  -- Foto – Fernando Frazão-Agência BrasilVigilância: a luta continua  -- Foto – Fernando Frazão-Agência Brasil
Vigilância: a luta continua -- Foto – Fernando Frazão-Agência Brasil
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A incidência da dengue diminuiu em Passo Fundo, mesmo com elevado número de pessoas internadas pela doença. Isso não significa que a população já poderia deixar de lago os cuidados preventivos. Ao contrário, agora o momento exige a manutenção dos cuidados necessários. Após ações intensificadas pela Vigilância Ambiental da Secretaria da Saúde no final de maio, diminuiu a incidência da doença na Vila Luiza, que era o principal foco do mosquito transmissor. “Deu uma calmada com a chegada no inverno. Mas não podemos baixar a guarda neste momento”, alertou a chefe do Núcleo de Vigilância Ambiental, enfermeira Ivânia Silvestrin. Permanece a necessidade de respeitar as recomendações preventivas para evitar o Aedes aegypti. “Diminuiu muito a quantia do mosquito adulto, mas o risco são as larvas, pois no primeiro dia quente ele pode aparecer voando”.

Números

De acordo com o Painel de Casos da Dengue no Rio Grande do Sul, atualizado na tarde de segunda-feira, 03, Passo Fundo apresentava 3.125 notificações. Dessas, resultaram 824 casos confirmados de dengue, 206 ainda estão em investigação, além de 84 inconclusivos. Os descartados somam 2.012. Com registro de duas mortes e incidência de 544,2 para 100 mil habitantes, a área é classificada como infestada. Porém, nas últimas semanas os novos casos diminuíram consideravelmente. “Isso se deve a uma série de fatores. A chegada de dias mais frios, o fumacê e as ações de visitação da Vigilância”, avalia Ivânia. “O surto na Vila Luiza está controlado, mas não podemos baixar a guarda”, repete em relação às ações da comunidade e da Vigilância.

Mais agentes

“Não podemos interromper os cuidados, pois devemos nos preparar para o próximo verão. Continuamos com as equipes na rua e trabalhamos orientando as pessoas para que tenham o máximo cuidado com focos de água parada”. De acordo com a enfermeira, são realizadas visitas e vistorias. “São pontos estratégicos, como cemitérios, borracharias, floriculturas e outros onde podem surgir pontos para propícios para que o mosquito ponha seus ovos”. Mas os cuidados não ficam restritos aos locais estratégicos. “A gente conta com o apoio de todos na prevenção para controle do vetor”. A boa notícia é que nos próximos meses a equipe será reforçada. “Vamos de 30 para 52 agentes, o que auxiliará bastante já pensando no próximo verão”, conta Ivânia.

Internações

A incidência da dengue diminuiu em Passo Fundo, mas o número de internações hospitalares está elevado e totaliza 10 casos: seis clínicos em adultos e dois pediátricos. Os outros dois registros são internações em UTI. “As internações ocorrem em casos complicados, porque a dengue é hemorrágica ou quando buscaram atendimento tardio, que são casos mais difíceis. Também há internação quando a pessoa está debilitada. Já as condições que exigem um suporte maior são encaminhadas para as UTIs”, explicou. Com duas mortes, 824 casos confirmados e 10 pessoas hospitalizadas, o cenário exige muita atenção. “Temos que manter os cuidados e para isso contamos com o apoio de toda a população”, enfatiza Ivânia, destacando os riscos da água parada para o surgimento de novos focos.

 Atenção aos sintomas e ações preventivas

SINTOMAS - Os principais sintomas da dengue são febre alta, entre 39°C e 40°C, com duração de dois a sete dias, dor atrás dos olhos, dor de cabeça, no corpo e nas articulações, mal-estar geral, náusea, vômito, diarreia, manchas vermelhas na pele com ou sem coceira. Aos primeiros sinais da doença, as pessoas devem procurar logo por atendimento médico para o diagnóstico oportuno e a eliminação dos riscos de agravamento da doença.

 PREVENÇÃO - No combate ao Aedes Aegypti, medidas de limpeza para eliminação de criadouros com água nos pátios e quintais das residências e aplicação de inseticida nos municípios são algumas das ações indicadas. Para a proteção individual, a SES orienta peara utilizar mosquiteiros. O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual contra o Aedes aegypti.

 

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