MEDICINA & SAÚDE - Dia Nacional de Combate ao Fumo alerta para os malefícios do tabaco à saúde

O dia 29 de agosto enfatiza a importância de combater o tabaco, responsável por cerca de 160 mil mortes anuais no Brasil

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A venda dos cigarros eletrônicos é proibida no Brasil, mas o consumo não para de crescer  (Foto - Master1305-Freepik)A venda dos cigarros eletrônicos é proibida no Brasil, mas o consumo não para de crescer  (Foto - Master1305-Freepik)
A venda dos cigarros eletrônicos é proibida no Brasil, mas o consumo não para de crescer (Foto - Master1305-Freepik)
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O tabagismo é o principal fator de risco para o câncer e para outras diversas doenças como diabetes, hipertensão, AVC, infarto e doenças respiratórias. No Brasil, estima-se que mais de 430 pessoas morrem por dia em decorrência do consumo do tabaco. O Dia Nacional de Combate ao Fumo, que ocorre em 29 de agosto, reforça os danos causados pelo tabagismo e os benefícios para a saúde de abandonar esse vício o quanto antes. O tabagismo é uma doença crônica causada pela dependência à nicotina, uma substância psicoativa encontrada em todos os produtos derivados do tabaco, tais como cigarro, cigarro eletrônico ou dispositivo eletrônico para fumar, charuto, cachimbo, cigarro de palha, narguilé, entre outros. A nicotina atua no sistema nervoso central e leva entre 7 a 19 segundos para chegar ao cérebro.

 

Fumantes em queda

O número de fumantes no Brasil está diminuindo. Segundo Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição, na década de 1980, 34,8% da população acima de 18 anos se declarava fumante. Em 2019, esse índice caiu para 12,6%. No entanto, quase 160 mil pessoas morrem todos os anos em função do uso do tabaco. “O tabaco é o maior fator de risco evitável de adoecimento e morte no mundo. Continua sendo uma epidemia global e mata mais de oito milhões de pessoas por ano”, ressalta o oncologista do Centro de Tratamento do Câncer (CTCAN), Dr. Alex Seidel.

 

Mais de 20 tipos de câncer

O tabagismo é fator de risco para diversas doenças. Em relação ao câncer, é responsável por 30% das mortes, provocando tumores de pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga, colo do útero, estômago, fígado, cólon e reto, traqueia, entre outros. “Só em relação ao câncer de pulmão, por exemplo, a mortalidade entre fumantes é cerca de 15 vezes maior do que entre pessoas que nunca fumaram. No país, são registradas quase 30 mil mortes por ano em decorrência desse câncer, que tem como principal fator de risco o tabagismo”, enfatiza o oncologista.

 

Perigo dos cigarros eletrônicos

Um relatório do sistema Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel/2022), do Ministério da Saúde, aponta que pelo menos um a cada cinco jovens de 18 a 24 anos usa cigarros eletrônicos no Brasil. “Temos que ressaltar essa nova onda do uso dos cigarros eletrônicos. A venda continua sendo proibida no Brasil, mas o consumo não para de crescer, especialmente, entre os jovens. Eles são perigosos principalmente pelo elevado número de substâncias nocivas à saúde. Além da dependência da nicotina, que é mantida, existem várias outras substâncias presentes, inclusive cancerígenas, que acarretam doenças potencialmente graves”, alerta Seidel.

 

Benefícios ao parar de fumar

O oncologista do CTCAN enfatiza que o SUS oferece tratamentos gratuitos nas unidades de saúde às pessoas que desejam parar de fumar. “Os benefícios para quem deixa de fumar começam a ser sentidos já nos primeiros momentos. Quanto antes parar, melhor. Cerca de 20 minutos após a última tragada, já se observa a regularização dos batimentos do coração. Parar de fumar também reduz e muito os riscos de infarto, derrame e câncer de pulmão”, salienta o oncologista.


A nicotina atua no sistema nervoso central e leva entre 7 a 19 segundos para chegar ao cérebro.
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