Os casos de Covid-19 em Passo Fundo voltaram a subir nessa última semana. Segundo o último boletim divulgado pela Secretária de Saúde do Município, são 84 casos ativos e oito internações. Um aumento preocupante quando se analisa o penúltimo boletim semanal publicado no dia 12 de setembro. Na ocasião eram 39 casos ativos e três internações. O aumento foi de 115%.
Conforme a secretaria de Vigilância e Saúde de Passo Fundo, foi identificado um aumento de casos positivos de covid na semana epidemiológica 37, que corresponde ao dia 10 de setembro. Desde então, os casos vêm aumentando. A faixa etária dos paciente consiste entre crianças menores de um ano, até idoso de 80 anos. A maioria dos casos é de pessoas de 40 a 69 anos. Apesar do alto número de casos ativos, todas as notificações compreendem sintomas leves.
Vacinação
Em Passo Fundo, segundo dados da Secretaria da Saúde, 55% da população está com o esquema vacinal completo. Na faixa etária dos 18 aos 79 anos, que representa boa parte dos casos ativos no município, 59% fizeram todas as doses.
Brasil
Após mais de 540 milhões de doses aplicadas em quase três anos, o Brasil vive neste ano um período de transição na vacinação contra covid-19, das campanhas emergenciais para a imunização de rotina. Segundo o diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti, os municípios trabalham há praticamente três anos em uma campanha de vacinação contra a covid, mas a mudança no cenário epidemiológico da doença requer a incorporação dessa vacina no calendário do programa.
Em 2023, o ministério da Saúde estendeu a vacinação com doses de reforço bivalentes para toda população acima de 12 anos e idade. A adesão, porém, foi baixa até mesmo para os grupos prioritários, considerados de maior risco de agravamento da doença. Enquanto 516 milhões de doses de vacinas monovalentes foram aplicadas no país, somente 28 milhões foram administradas, sendo apenas 217 mil em adolescentes.
Para 2024, a proposta ainda em elaboração é a adoção de um calendário de vacinação contra a covid-19 na rotina de crianças menores de 5 anos, e doses de reforço periódicas ao menos uma vez por ano para grupos de risco, como idosos, imunocomprometidos e gestantes, seguindo orientação da OMS. Há ainda a possibilidade de inclusão de outros grupos como profissionais de saúde e comunidades tradicionais.