A psoríase é uma doença crônica da pele que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. A pesquisa contínua e o avanço da medicina têm proporcionado o desenvolvimento de novos tratamentos para ajudar no controle dos sintomas e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes. O Dia Mundial da Psoríase será celebrado no domino, 29 de outubro. A data tem o objetivo de informar a população sobre a doença e combater o estigma social, a discriminação e o isolamento dos doentes que sofrem de psoríase, uma vez que, de modo geral, as pessoas desconhecem que a doença não é contagiosa e que tem tratamento.
Imunobiológicos
O médico Juliano Peruzzo destaca que os imunobiológicos são uma classe de tratamento revolucionária que surgiu há mais de dez anos para o tratamento da psoríase. Atualmente, com as medicações mais específicas, os índices de tratamento têm alcançado uma melhora significativa, atingindo mais de 50% ou até 90% dos pacientes com melhorias de até 100% nas lesões cutâneas e no acometimento articular. “Embora existam vários medicamentos disponíveis, é importante salientar que eles não são de primeira linha devido a questões de efeitos adversos e custos. Os imunobiológicos indicados para casos mais extensos ou resistentes aos tratamentos tradicionais, ou para aqueles pacientes que possuem algum tipo de contraindicação as outras terapias. A fototerapia também continua sendo indicada, muitas vezes associada aos imunobiológicos como tentativa de resgate, oferecendo uma resposta rápida ao tratamento, embora seu tempo de utilização seja limitado”, explica.
É importante informar a população sobre a doença e combater o estigma social, a discriminação e o isolamento dos doentes que sofrem de psoríase.
Todas as idades
Estima-se que a psoríase afete cerca de 2% da população brasileira, o que representa aproximadamente 4 milhões de pessoas. Pode ocorrer em pessoas de todas as idades, mas é mais comum em adultos jovens, entre 20 e 40 anos. Ambos os sexos são igualmente afetados. Pode ter um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes, afetando sua autoestima, vida social e emocional. A coceira, a descamação da pele e a presença de lesões visíveis podem causar desconforto físico e emocional.