Os três primeiros meses de 2024 trouxeram uma preocupação a mais para agentes públicos, profissionais da saúde e a população em geral devido à grande infestação do mosquito Aedes Aegypti que traz consigo casos de doenças e até mesmo mortes devido às complicações causadas.
De acordo com a coordenada Vigilância em Saúde da Prefeitura de Passo Fundo, Marisa Zanatta, até essa segunda-feira, (11), o município já registrou 711 notificações, tendo realizado 297 testes negativos, contando com 309 testes que estão aguardando resultado, tendo 103 casos confirmados, sendo que 65 deles foram autóctones, ou seja, foram adquiridos dentro da cidade.
Marisa destaca que a Prefeitura vem fazendo sua parte com campanhas de conscientização, atuação dos agentes de endemia e capacitação da rede para atendimento à população. “A Prefeitura trabalha o ano todo para implementar as ações, não somente neste período, foi aumentado o quadro de pessoal, estamos com 52 agentes de endemia, estamos com campanha massiva nos meios de comunicação, com o carro de som que atua durante 5h diárias, inclusive de meio dia e no fim de tarde, circulando em todos os bairros, justamente para alertar a população porque todos precisam fazer o tema de casa que é verificar seus pátios. A Prefeitura não trabalha sozinha, precisa da população para que todos possam eliminar tudo que possa acumular água parada porque isso se torna os criadouros do mosquito”, disse.
Vigilância recebe cerca de 30 denúncias por dia
Em toda a cidade, há muitos locais em que os agentes não são recebidos, em outros há casas abandonadas sem acesso às equipes de trabalho. Segundo Maria, a Vigilância recebe cerca de 30 denúncias por dia de locais impróprios que podem facilitar a proliferação do mosquito. “Denúncias podem ser feitas pelo telefone (54) 99654-1444, tentamos localizar o proprietário e se não conseguimos contato telefônico, encaminhamos via correio uma notificação. O trabalho dos agentes de endemias é realizado diariamente com orientações, vistorias e ações de combate aos focos do mosquito, mas para que o controle seja efetivo, além das medidas adotadas pela Prefeitura, é fundamental que a população seja uma aliada nesta luta”, pontuou.
Conforme Marisa, equipes de saúde também vêm realizando palestras nas escolas para que as crianças possam levar para casa esses cuidados básicos. “Foi reativado o Comitê da Dengue, já tivemos reuniões para que todos os órgãos estejam envolvidos com essa causa, porque só com a ajuda de todos vamos conseguir não ter uma epidemia, evitar óbitos. Estamos em uma situação melhor que o ano passado, porém os meses críticos que são abril e maio ainda não chegaram, então o alerta é que toda a população possa ter cuidado”, finalizou.
16º morte no RS
Na última semana, o Rio Grande do Sul registrou a 16ª morte por dengue, a confirmação do Centro Estadual de Vigilância em Saúde foi realizada na sexta-feira, 8 de março. A morte foi de um idoso de 71 anos, que tinha doenças pré-existentes da cidade de Vista Gaúcha, na Região Noroeste.
Até essa segunda-feira, 11 de março, segundo o Painel Casos de Dengue no RS https://ti.saude.rs.gov.br/dengue/painel_de_casos.html o estado contava com 16.574 casos confirmados da doença, sendo 56 inconclusivos, 10.138 em investigação e 9.327 descartados. Contando com 36.095 notificações e 466 municípios infestados.
Faça a sua parte!
Não deixe água parada e elimine criadouros do mosquito.
Fique atento aos sintomas!
Febre alta, dores de cabeça intensa, dor no fundo dos olhos, dores musculares e articulares, náuseas, vômitos, erupção cutânea e sangramento leve, como nas gengivas e nariz.
