Dia Mundial do Câncer de Ovário: 08 de maio

Por ser silencioso, muitos diagnósticos ocorrem de forma tardia, diminuindo as chances de cura

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O Dia Mundial do Câncer de Ovário, que ocorre em 8 de maio, alerta para os cuidados necessários para a prevenção de um dos cânceres ginecológicos mais incidentes e letais nas mulheres. São esperados cerca de 7,3 mil novos casos e cerca de 4 mil mortes por ano no Brasil (Inca). Só no Rio Grande do Sul, são cerca de 400 novos casos por ano e 300 mortes. O histórico familiar, fatores genéticos e obesidade são alguns dos fatores de risco.


Diagnóstico

O diagnóstico precoce contribui para as chances de cura do câncer de ovário. “Este câncer, por ter sintomas inespecíficos e não ter uma estratégia eficaz de rastreamento, se torna mais letal, pois os diagnósticos se dão em fases mais avançadas da doença”, salienta o oncologista do Centro de Tratamento do Câncer (CTCAN), Dr. Alvaro Machado. Entre os sinais mais comuns para este câncer estão: sensação de peso ou dor abdominal ou pélvica; dor lombar; distensão abdominal; cólicas; náusea; diminuição do apetite; e diarreia. “O diagnóstico ocorre, geralmente, após as queixas da paciente, mas pode ser também no exame ginecológico ou exames de imagem realizados por outros motivos”, observa o especialista.


Fatores de risco

Idade acima de 50 anos, história familiar de câncer de ovário e de mama, história reprodutiva e hormonal (primeira menstruação antes dos 12 anos e menopausa após os 52 anos) e obesidade estão relacionados ao câncer de ovário. Além disso, a hereditariedade, determinante genético para câncer, tem alta incidência entre mulheres com câncer de ovário e sempre deve ser investigada. “Cerca de 15% dos casos de câncer de ovário estão associados a mutações genéticas e história familiar. Nesse sentido, essas mulheres devem procurar orientação médica mais cedo”, enfatiza o oncologista.


Prevenção e tratamento

Manter o peso corporal saudável e realizar consultas médicas regularmente são essenciais. “A obesidade pode aumentar em 50% o risco. Por isso, ter uma alimentação saudável e realizar atividades físicas para manter o peso corporal são tão importantes”, comenta Machado. O principal tratamento para este câncer é a cirurgia, em geral, seguida de quimioterapia, associada ou não a outros medicamentos. “O tratamento dependerá do tipo e estágio do tumor, bem como da idade e condições de saúde de cada paciente”, explica o oncologista.

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