RS registra cinco casos de mpox, um deles em Passo Fundo

Paciente é um homem diagnosticado com a doença após retornar de viagem a São Paulo

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FOTO - A prevenção é feita com o uso de máscaras e higienizando as mãosFOTO - A prevenção é feita com o uso de máscaras e higienizando as mãos
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Passo Fundo entrou no mapa de registros de casos da mpox, doença causada por um vírus, e que alertou a  Organização Mundial da Saúde pelo surgimento de uma nova variante. Além de Passo Fundo, outros quatro casos foram registrados no Rio Grande do Sul, sendo três em Porto Alegre, e um na cidade de Gravataí.

A secretária de saúde de Passo Fundo, Cristine Pilati, explicou que a doença foi detectada em um paciente do sexo masculino. Entretanto, ela ressaltou que este caso não é autóctone, ou seja, ele não foi adquirido na cidade.Conforme Pillati,  o registro aconteceu ainda no mês de julho, por uma clínica privada da cidade. O paciente realizou uma viagem para São Paulo, e no retorno realizou exames. Após o diagnóstico feito por um laboratório privado, a Secretaria Municipal de Saúde recebeu a notificação.

Segundo a secretária,  após a confirmação do caso, o paciente permaneceu em isolamento pelo período necessário. De acordo com a a notificação encaminhada para Secretaria de Saúde, neste momento o paciente se encontra bem.  O órgão municipal ainda  não tem a confirmação sobre a variante que contaminou o paciente de Passo Fundo, porém, Cristine destacou que, pelas informações recebidas, foi um caso sem complicações mais graves.

 Até a tarde de ontem não havia registro de outros casos suspeitos na cidade de Passo Fundo. Por meio de uma nota, a Secretaria de Saúde informou que segue monitorando a situação e reforça seu compromisso com a saúde pública, mantendo a população informada sobre qualquer atualização relevante.

Casos no Rio Grande do Sul

Somando-se ao caso de Passo Fundo, o Rio Grande do Sul tem cinco casos registrados de mpox em 2024, segundo a Secretaria da Saúde do Estado. Destes casos, dois são residentes de Porto Alegre e um terceiro é morador de São Paulo, mas teve a doença constatada enquanto estava na capital. Há também um paciente positivo em Gravataí.

Alerta global

Na última semana, a OMS convocou o seu comitê de emergência sobre mpox em razão de preocupações de que uma cepa mais mortal do vírus tivesse atingido quatro províncias da África anteriormente não afetadas. Esta cepa já havia sido contida na República Democrática do Congo.

No Brasil, desde 2023, o Ministério da Saúde iniciou uma série de ações para o enfrentamento da mpox. Entre essas ações, estão a ampliação da capacidade de diagnóstico, com a implementação de diagnóstico molecular em todos os 27 Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens) e nos três laboratórios de referência nacional.

Vacinação

Em entrevista concedida a jornalistas, a ministra da Saúde, Nisia Trinade, esclareceu que não haverá vacinação em larga escala contra a mpox. “No Brasil, nós vacinamos com uma licença ainda especial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em casos muito excepcionais, para grupos muito vulneráveis, pessoas que tinham tido contato com outras pessoas doentes. Então, a vacinação nunca será uma estratégia em massa para a mpox”, ressaltou ela. A ministra acrescentou que os especialistas seguem estudando a eficácia da vacina no enfrentamento da nova cepa, e a dificuldade de aquisição de imunizantes ante a escassez de fabricação em massa de doses.

Sobre a doença

A mpox é uma doença causada por vírus. Os principais sintomas são erupção cutânea (lesões, bolhas, crostas) em diferentes formas. Podem afetar todo o corpo, incluindo rosto, palmas e plantas e órgãos genitais. Os pacientes também apresentam febre; dores no corpo; dor de cabeça; calafrio; e fraqueza.

Todas as pessoas que forem expostas ao vírus podem se infectar e desenvolver a doença, independentemente de idade, sexo ou outras características.

A mpox é transmitida principalmente por meio de contato direto ou indireto com gotículas respiratórias (saliva, muco nasal), mas principalmente através do contato com lesões de pele de pessoas infectadas ou com objetos e superfícies contaminadas. O período de transmissão da doença se encerra quando as crostas das lesões desaparecem.


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