A abertura oficial da colheita da soja ocorreu nessa sexta-feira (21) em Tupanciretã, maior produtor do grão no Estado. O ato simbólico ocorreu na Fazenda Pedras Altas, com a presença do governo gaúcho.
A soja é uma das principais culturas do Rio Grande do Sul, produzida em 434 municípios. Estimativas da Emater/RS-Ascar comparando a safra atual com a do ano passado apontam que o grão apresentou um pequeno aumento de área cultivada, de 0,3%, e que a cultura foi implantada em mais de 6,7 milhões de hectares (ha). No entanto, as condições climáticas não foram favoráveis, o que ocasionou a redução de 17,4% da produção, agora estimada em 15.072.765 toneladas, com produtividade de 2.240 kg/ha (redução de 20,3% de produtividade quando comparada à safra 2023/2024).
No evento, o governador Eduardo Leite reforçou o compromisso do governo com as políticas de irrigação para proteção das lavouras e com o apoio aos produtores. “Celebramos esta colheita porque, apesar das dificuldades, nossos produtores persistem, resistem e fazem do agronegócio gaúcho uma potência. Estamos aqui também para renovar o compromisso do governo com o setor, protegendo nossas lavouras com irrigação, preparação e correção do solo”, frisou.
Os titulares das secretarias da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Clair Kuhn, de Desenvolvimento Rural (SDR), Vilson Covatti, e de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Ernani Polo, também compareceram.
Kuhn ressaltou a importância do cultivo da soja para a economia do Rio Grande do Sul, mas mencionou que a safra não será fácil para os produtores rurais, que sofreram com as enchentes e, agora, mais uma estiagem. “Por isso o governo estadual solicita à União uma securitização, ou seja, a renegociação das dívidas dos produtores, para que tenham fôlego para continuar plantando”, disse.
O governador e o secretário destacaram o Programa de Irrigação do Estado, que está com edital aberto e destina 20% do valor do projeto de irrigação aos produtores, limitado a R$ 100 mil por beneficiário. O objetivo é aumentar a área irrigada e garantir a produtividade mesmo em tempo de escassez hídrica.
