Uma simples dispensa de licitação está alinhando o Aeroporto Lauro Kourtz para o recebimento de aeronaves de maior porte. Uma caixa d’água representa a gota d’água que falta para elevar de categoria o Aeroporto de Passo Fundo. Para que isso ocorra falta muito pouco, conforme esclareceu o diretor do Departamento Aeroportuário do Estado, Roberto Barbosa de Carvalho Netto. “O que foi publicada foi a dispensa de licitação, autorizando, portanto, a contratação emergencial”. São poucas as modificações necessárias e logo será elevada a categoria contra incêndio do aeroporto o nível III para o nível V. O objeto principal desta alteração é uma caixa d'água é de 10.000 litros para os bombeiros, para que haja uma reserva técnica. Esse volume deve ser quatro vezes a capacidade do reservatório do caminhão. A execução da obra é para as próximas semanas, como indica Carvalho Netto. “O contrato está no jurídico da SEINFRA aguardando documentos da empresa para encaminhamento à assinatura”.
SCI e PCN
Para o recebimento de aeronaves de maior porte, os aeroportos devem estar adequados a mais exigências. A empresa Avianca deve trocar o equipamento utilizado na ligação com São Paulo. Atualmente os voos são realizados pelos Fokker-100 (100 passageiros), que logo serão substituídos pelos modernos Airbus A-318 (120 passageiros). Porém, dois fatores não permitiam essa mudança. Um deles é a exigência de Seção Contra Incêndio nível V. O outro seria o PCN da pista, fator que determina as condições estruturais e de matérias para impacto e pressão de pneus. “Isso já foi resolvido, faltava apenas formalizar”, explicou Carvalho Netto. A estrutura da pista já está adequada, tanto que a Varig operou no Lauro Kourtz com o Boeing-737. “O PCN da pista é 29, executado há mais de 12 anos, mas somente efetivamente homologado no mês passado”, disse para explicar o impasse burocrático.
Troca de local
Atualmente, a Seção Contra Incêndio do Aeroporto de Passo Fundo opera em um antigo hangar ao lado direito da estação de passageiros. Porém, existe um prédio próprio para a SCI à esquerda, no sentido da cabeceira 26. “Esse local será recuperado, permitindo a transferência dos bombeiros do local atual para esse prédio, especificamente construído para esse fim”, explicou o diretor do DAP. A partir deste prédio há uma ligação direta com a pista para o deslocamento dos bombeiros. “O custo total ficou em torno de R$ 31 mil e a previsão da conclusão é de 30 dias após nossa ordem de início, isso uma semana após a assinatura do contrato”, previu. Com essa reforma será elevado o nível da Seção Contra Incêndio para V e acaba a restrição de operação com aeronaves maiores. Assim, a Avinca deverá atender Passo Fundo com o Airbus A-318 e a Azul poderá utilizar o Embraer ERJ-195 nos voos para Campinas.