Gesp há 40 anos trabalhando pelo meio ambiente de Passo Fundo

Ong atua na fiscalização, monitoramento, denúncia e promoção de ações em prol do meio ambiente

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Gesp atua há 4 décadas na defesa do meio ambiente em Passo Fundo Gesp atua há 4 décadas na defesa do meio ambiente em Passo Fundo 
Gesp atua há 4 décadas na defesa do meio ambiente em Passo Fundo 
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Uma entidade reconhecida pela sua atuação e defesa do meio ambiente, assim o Grupo Ecológico Sentinela dos Pampas (Gesp) foi criado, ainda no ano de 1983, com o objetivo de atuar na educação ambiental e promoção de ações de defesa da fauna e da flora do município.

De acordo com a presidente do Gesp, Flávia Biondo, a entidade iniciou o movimento no fim da década de 1970. “O Gesp iniciou com dois grupos (estudantes, teatreiros, escoteiros, comerciários, funcionários públicos), um da sociedade e um da Universidade de Passo Fundo (UPF), de acadêmicos e professores, que se uniram para fortalecer as ações em torno da educação ambiental e ativismo no pacifismo, contra a destruição dos recursos naturais, à defesa da reforma agrária, nos direitos civis e na construção de políticas públicas, como por exemplo na constituinte, e lutando constantemente pela democracia”, contou.

Atuação

A ong atua em diferentes frentes de atuação, conforme Flávia, representando a comunidade na denúncia de problemas com o meio ambiente e o patrimônio histórico-cultural aos órgãos competentes; trabalhando com educação ambiental, promovendo eventos, palestras, oficinas, principalmente com escolas; realizando projetos com várias parcerias com instituições e organizações governamentais e não governamentais. “O Gesp participa de fóruns, comitês e conselhos, como ONG ecológica ambiental: como Fórum da Agenda 21, Conselho Municipal do Meio Ambiente (CMMA), Assembleia pela Preservação Ambiental (APPA), Conselho Consultivo da Floresta Nacional de Passo Fundo (FLONA), Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Passo Fundo, Assembleia Permanente de Entidades de Defesa do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul (APEDEMA/RS) (federação estadual) e na Comissão Municipal de Mudanças Climáticas”, pontuou.

 Projetos

São diversos os projetos com a atuação do Gesp, como o do Rio Passo Fundo, Sociedade e Cidadania junto ao Ministério Público Estadual. “Atuamos em projetos conjuntos também com a Agenda 21, a Sala Futura do Meio Ambiente, Projeto Promoção da Sociobiodiversidade e Sustentabilidade com apoio da Be8 Energy, Programa Ecologia e Meio Ambiente, Feira da Economia Solidária e Mostra da Biodiversidade, Projeto Rio Jacuí”, disse.

 Projeto Rio Jacuí

“No momento, estamos trabalhando com o Projeto Rio Jacuí, devido sua importância estadual, sua degradação e ser uma das fontes de abastecimento do município de Passo Fundo. Lembrando que sua primeira nascente (nascente mãe) é em Passo Fundo, e foi identificada pelo GESP no início da década de 1980. Mantemos a Sala Futura e realizamos nas redes sociais e no site, o Calendário Ecológico, com textos em cada data comemorativa escrita pelos seus integrantes”, conta.

 A entidade também atua no “Projeto Povos Originários”, que resgata políticas indigenistas em Passo Fundo em conjunto com diversas instituições.

 Representação no Conselho Municipal de Meio Ambiente 

No fim de 2023 ocorreu a eleição do Conselho Municipal de Meio Ambiente (CMMA), onde a entidade ficou como suplente na representação do Conselho. Conforme Flávia, a ONG é integrante da Apedema/RS, atuando de forma combatente e fiscalizadora nas ações envolvendo o meio ambiente no município.

  “Não faltamos reuniões do CMMA e levantamos situações de problemas ambientais, ao mesmo tempo que propomos políticas públicas para melhorar as relações das pessoas com o meio ambiente. Somos a única ong remanescente da Sociedade Botânica de Passo Fundo, pioneira na defesa do meio ambiente e neste momento somos 1° Suplente no CMMA. Temos críticas ao processo eleitoral e a forma como foram conduzidas as eleições. Sentimos muitas vezes que estamos sim sozinhos na luta ambiental, como ONG que defende um meio ambiente democrático que beneficie a coletividade e que tem um olhar crítico para melhorar sempre mais as condições de vida de nosso município”, pontua.

  Meio ambiente, precaução, prevenção e planejamento

Flávia afirma que meio ambiente é precaução, prevenção e planejamento para um desenvolvimento sustentável e que isso ainda não foi entendido. “É só perguntar o que já foi feito ou está sendo feito, preventivamente, aos problemas causados pelas mudanças climáticas que já estão aqui? Outra, de onde vamos trazer água para alimentar a capital do Planalto que só cresce e não tem planejamento de abastecimento para o futuro e nem mesmo vemos perspectivas de dar continuidade à captação e tratamento do esgoto domiciliar? A bacia do Jacuí que banha aproximadamente 50% do município, hoje recebe a maior parte do esgoto da cidade sem tratamento e é nosso possível abastecedouro futuro. 


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